sexta-feira, 27 de abril de 2012

CELEBRAÇÃO - A páscoa de Deus na Páscoa do povo; A Páscoa do povo na Páscoa de Deus. RITOS INICIAIS - O Senhor chama e reúne seu povo (Deuteronômio 4, I 0) - O povo se apresenta (para celebrar o mistério Pascal, em suas intenções: A Páscoa de Deus na Páscoa do povo, a Páscoa do povo na Páscoa de Deus). UM (JNICO CORPO • Acolhida A procissão - é a expressão de nossa vida de fé caminhada até Deus. Canto de entrada ou abertura - tem a finalidade de promover a união da assembléia, introduzir o sentido litúrgico. É a resposta dos irmãos(as) que se sentem convocados(as) por Deus para se reunirem e o louvarem como único Senhor. Cumpre o papel de criar comunhão, juntar os corações no encontro com o ressuscitado. Deve deixar a assembléia num estado de ânimo para escutar a Palavra de Deus, deve ter ritmo alegre e festivo. • Beijo do Altar - é um gesto de adoração, o altar representa o próprio Cristo. Beijando o altar o que preside expressa sua relação intima com o Senhor, pois é em nome dele que irá presidir a Santa Liturgia. • Saudação - é uma benção de Deus. É como se o próprio Deus nos acolhesse na sua casa e nos desejasse todo o bem. • Ato Penitencial- Reconhecemos pecadores. Clamamos a Deus e Ele nos trata com misericórdia para podermos participar da Mesa. • Canto penitencial - Kyrie"Senhor, tende piedade" faz parte de um momento de reconciliação. É um canto facultativo pode ser substituído pela aspersão com água, lembrando o batismo.. há ocasiões em que uma procissão o substitui (ex.: domingo de ramos.). • Hino de Louvor (Glória) - Tem a finalidade de glorificar ao Pai e ao Cordeiro Divino. Não é cantado no advento e na quaresma. (Não constitui uma aclamação trinitária.) • Oração da Coleta - (rezada pelo Presidente) e geralmente dirigida a Deus Pai por Jesus Cristo na Unidade do Espírito Santo. ( Oremos / silêncio/ invocação: Ó Deus ... / Lembra-se uma qualidade o ação de Deus: Senhor Deus da Vida .. .! Depois pedido / intercessão P.N.S.J.C) UMA MESA - LITURGIA DA PALAVRA - Neemias 8, 1- 8 • Diálogo da aliança - Êxodo 19-24 - Para nós as leituras escutadas e meditadas na assembléia reunida são a palavra viva e atual do Senhor. "E Cristo quem fala" (SC n. 7). O objetivo da Liturgia da Palavra é avivar o diálogo da aliança entre Deus e seu povo, receber do Senhor uma orientação para nossa vida, estreitar os laços de amor e fidelidade. • Silêncio entre as leituras - para deixar cair a Palavra no coração / ruminar • Leituras proclamadas da Bíblia, Lecionário ou Evangeliário. • Primeira Leitura - Um trecho do antigo Testamento, ou dos Atos dos Apóstolos, quanto estivermos no tempo pascal. • Salmo Responsorial (dialoga), o povo responde com um curto refrão aos versos salmísticos, cantados pelo sal mista) - Resposta orante da assembléia à Palavra proclamada, por isso não deve ser substituído por outro canto que não esteja em sintonia com a 1 a leitura. • Segunda Leitura - Carta dos Apóstolos: Paulo, Pedro, Tiago ... - Ao terminar a proclamação se diz- Boa Nova! : PALAVRA do Senhor ( e não palavras no plural) estamos proclamando a verdade. • Aclamação ao Evangelho - Tem a finalidade de dispor a assembléia a acolher com alegria e entusiasmo a palavra da Salvação. • Evangelho- fazer leitura orante (Lectio Divina): ler várias vezes /meditar o que a Palavra me diz / Compromisso. • Homilia - Conversa familiar - Explicar os textos e ligá-Ios com a realidade.(não é sermão). • Profissão de fé - Creio em deus Pai todo poderoso ... - Preces da comunidade – Depois de ouvirmos a Palavra de Deus respondemos em suplicas. O presidente da assembléia nos convida a fazer subir a Deus as nossas preces, nossos pedidos, nossas súplicas. Não só os pedidos e preces individuais, mas de todo o povo de Deus, de toda a humanidade. Uma pessoa faz a prece e todos respondemos, assumindo essa prece como sendo nossa prece comum. OUTRA MESA LITURGIA EUCARISTICA PREFÁCIO • Preparação das oferendas - (Jesus tomou o pão e o cálice com vinho ... ) É o momento da preparação do altar ( colocar o corporal, o sangüíneo, o cálice ... ) • Canto durante a apresentação das oferendas - canto opcional (pode ser tirado) tem sentido de louvor e agradecimento a Deus, reconhecendo que todo dom vem Dele. Prepara a comunidade para a grande oferta com Cristo ao Pai, na Oração eucarística. • Apresentação do pão – (“Bendito seja Deus pelo pão ..."). • Apresentação do vinho ("Bendito seja Deus pelo vinho ..."). • Oração silenciosa do presidente. • "Lavabo": O presidente lava as mãos em silêncio ( num gesto de purificação). - Convite à oração sobre as oferendas ("Orai irmãos ..."). • Resposta da assembléia ("Receba o Senhor ..."). • Oração sobre as oferendas (Pão e Vinho) ORAÇÃO EUCARÍSTICA - Diálogo inicial - O Senhor esteja convosco! T - Ele Está no meio de nós ... - Prefácio terminado com o canto do "Santo ... " - Santo - Tem a finalidade de aclamar, exaltar, bendizer o Santo de Deus - Nosso Senhor Jesus Cristo. :E a grande aclamação feita com todos os anjos e santos ( o texto é bíblico (Is 6,3 e Mt 21,9), é importante que seja proclamado o texto integral, sem alterações no texto. - Epiclese (lnvocação do Espírito Santo) sobre O pão e o vinho. - Narrativa da instituição - narrativa da última ceia) - Anamnese - (memorial) e oblação (oferta) - Epiclese - (invocação do espírito Santo) sobre a comunidade. - Intercessões - Doxologia - ("Por cristo, com cristo em Cristo ..."). Não é aclamação, por isso não é proclamada por toda a assembléia, e sim por quem preside. Em resposta a assembléia entoa o - Amém final - Deve ser solene, vibrante, repetido, sinal de adesão, compromisso, concordância, comunhão. Deve ser sempre cantado, devido "a sua importância. - Convite ao Pai Nosso- o presidente deve fazer o convite para que ninguém perca a oportunidade de chamar a Deus de Pai Nosso. - Oração do Pai nosso - rezada ou cantada desde que respeite o texto que é bíblico. Concluindo com a doxologia " pois vosso é o Reino o poder e a glória para sempre" que é uma proclamação do poder de Deus. - Convite ao abraço da paz - comunhão com Cristo e entre nós (não é bom cantar), o importante é o abraço e não o cantar. - Fração do Pão, acompanhada do canto "Cordeiro de Deus" - Jesus parte o pão conosco. Partimos o pão uns com os outros, em nome de Jesus. Na luta por um mundo onde ninguém passe necessidade. - Apresentação do Pão e do vinho - Quem preside eleva o Corpo e o Sangue de Cristo. - Distribuição do pão e do vinho - "O corpo e o sangue de Cristo" Amém! (eu acredito), lembrem-se Jesus não colocou o pão na boca dos discípulos. "Tomai e comei". - Canto de comunhão - é um canto que expressa a alegria pela comum-união do corpo de Cristo (Cristo e os irmãos) e pela realização do mistério pascal que celebramos: entrega e partilha da vida em ação de graças. Os cantos de comunhão geralmente retomam ao evangelho. - Silêncio - é o momento de firmar o compromisso com deus a partir do que se ouviu nas leituras. - Oração pós comunhão - é uma oração que imploramos os frutos celebrados, voltada para a missão no mundo. Não é agradecimento senão seria continuação da oração eucarística. - RITOS FINAIS - Avisos - sobre a vida e a missão da comunidade, devem ser breves e objetivos - Bênção – O presidente da celebração estende a mão sobre a comunidade reunida e invoca a benção de Deus sobre nós para a nova semana que iniciamos. - Despedida e envio - vão em paz e que o Senhor vos acompanha! T - Graças a Deus - Enquanto o povo vai saíndo pode-se cantar um canto de envio ou em louvor a Maria

terça-feira, 17 de abril de 2012

ORIGEM DA PALAVRA ZANATTA E DOS VÊNETOS

Origem da Palavra Zanatah (Zanatta)

Zanatah: ( Dialetalmente: Zenàtah). Nome de forma árabe de um dos maiores grupos bérberes, vinculados, pelos genealogistas, com o ramo étnico dos Darisah, e que na história da Barberia medieval teve notável participação. A região habitada pelo Zanatah era, da Tripolitânia ao Marrocos, aquela que compreendia os planaltos de estepes e as margens do deserto, onde em grande maioria viviam vida nômade, constituindo assim aquele tipo turbulento e rebelde, hostil à vida civil e à ordem, cujo contraste com a região civilizada explica grande parte da história norte-africana.
Foi por isso admitida, por alguns estudiosos, a opinião de os Gétuli da antigüidade, os Zanatah medievais e os grandes nômades árabes dos tempos modernos, sejam as mesmas gentes que constituíram os centros de resistência ao avanço dos vários povos colonizadores.
Os árabes de algumas regiões tunisianas, dos planaltos tunisinos, digo: planaltos algerinos e das planícies maroquinas seriam Zanatah completamente arabizados na língua.
Enquanto o antagonismo entre os tipos de ambientes físico-sociais é um fato certo, deve-se observar que as famílias Zanatah, que penetraram em regiões desenvolvidas, fundaram durante a Idade Média vários principados, entre os quais aquele dos Äbd al-Waditas de Telimsan e aquele dos Merinidas no Marrocos e tiveram também alguma importância no ordinamento político e para o desenvolvimento cultural. Isto demonstra que o ambiente físico plasma essencialmente a vida destas gentes.
Para as línguas faladas pelos Zanatah ainda berberófonos Cfr: Bérberes.
Obs: Gétuli; Antiga população da África setentrional. ( Mauritânia e Numídia). (Enciclopédia Garzanti, edição 63).
Pesquisa feita em Treviso, em Istrana ( 15 Km) na Vila Lattes. Pelo senhor Zanatah Hilário. Origem da informação: Enciclopédia Trecani. Museu Baillo e Biblioteca comunal (prefeitura) de Treviso.
Treviso, aos 07-08-1971
Tradução Frei Antônio Guizzardi e Frei Paulo Fioravante Zanatta.
BERBERE (bé) S. 2 g. 1. Individuo dos berberes, raça que engloba povos muçulmanos da Africa setentrional. S. m. 2. Língua cananítica, aparentada com antigo libico, hoje dialetalmente muito fragmentada e com muitos traços de influência árabe, falada sobretudo no Saara meridional. Adj. 2 g. 3 Pertencente ou relativo aos berberes. ( Dicionário Aurélio. 2º Edição, ampliada Nova Fronteira. RJ.)
O Berbere é falado em dialeto muito numeroso em todas as ramificações do Atlas, e na série de oásis que sucedem por detrás desta cordilheira de montanhas até o Congo. Outras línguagem do tronco arameano atestam a dominação das nações semíticas.(Hist Univ. de Césare Cantu Vol X).
BERBERIS. Etnogr. Tribu de la Arabia que habita em las montanãs de Bamian, em el Khorasan Oriental. Suponen algunos que pertenece à la familia de los Hedsaré, aunque estos consideram , de raza inferior à los berberis. ( Enciclopedia Universal Ilustrada EUROPEO AMERICANA).
BERBER, cid. Da alta Núbia na margem direita do Nilo 20.000 h
BERBERE ou Berber, s, m. língua dos berberes. Adj. Relativo aos berberes.
BERBERE, REÇA DA África sentritional, que compreende os Kabylas, os Tuaregues, várias tribos de Marrocos.
KABÝLIA ou Cubila parte da Argélia, habitada pelos Kabylas no departamento de Argel e de Constantinopla. Divide-se em Kabýlas grande e Kabýlas pequenos ou Djurdzura contorna, como se fosse uma alta muralha, a grande Kabýlia, região agrícola, fértil e bem irrigada.
Os principais cursos de água são: o Isser, o Sahel e o Sabaú, muito laboriosos, são raça berbere. A sua língua embora escrita em caracteres Árabes, continuou berbere. Kabýlia foi conquistada em 1857 pelo marechal francês Randon. Os Kabýlas sublevaram-se várias vezes contra a dominação francesa e foram submetidos definitivamente pela expedição de 1871.
...Quando os azenegues conquistaram Audagoste, a aparência da cidade – “encantadora”, segundo Ibne Hawkal – era a de um vergel. Onde os nômades, muito provavelmente , se guardaram de viver. Acamparavam à sua borda, em tendas ou em precários abrigosde caniço e de ramos. Mas tinham sob controle o acesso à urbe e lhe taxavam o comércio, cuja prática deixavam nas mãos dos zanattas. Do livro (A ENXADA E A LANÇA ) A África antes dos Portugueses de Alberto da Costa e Silva. Editora Nova Fronteira. Edusp.
ZENATAS. Conjunto de populações de origem berbere que habita o sul da Argélia. Bilbliografia: Grande enciclopédia Larousse Cultural, nova cultura ltda. 1989 nº 24 pag 6053.

TUAREGUE, povo nômade, de raça berbere, que habita o Saara, entre os mouros, a oeste, e os Tibus a este. ( TUAREGUE é o plural de Targui). Os Tuargues dividem-se num certo número de confederações, as principais das quais são os Azgher, os Ahaggar e os Auellimiden. São salteadores, cujos ataques tornam pouco segura a travessia do Saara.
GETÚLIA, antiga região da África ao sul do atlas, entre, a Numídia e a Mauritânia, hoje Biled-ul-Djerid ( região das tâmaras), parte sul de Marrocos.
GÉTULOS, povo berbere da África antiga, habitantes da Getúlia e de que descendem , segundo se crê, os atuais Kabylas.
LELLO UNIVERSAL EM 4 VOLUMES, Editores proprietários da Livraria Chardron; rua dascarmelitas, 144. Porto.

BERBERE (BÉ) adj. m.e.f. (ár barb Etnol. Relativo aos berberes. S. m. e f. Indivíduo dos berberes. 1. Ramo da família lingüistica afro-asiática, que compreende línguas faladas por minorias do Norte da África e do Saara.
2. Qualquer uma dessas línguas ou conjuntos delas, considerado uma só língua com numerosos dialetos. S. m. pl. Povo caucasóide do Norte da África, ao oeste de Tripoli, estreitamente relacionado aos europeus meridionais, egípcios e etíopes.
DICIONÁRIO BRASILEIRO DA LINGUA PORTUGUESA, Companhia melhoramentos de São Paulo 14º. Vol 1º. Edição, 1995.

Berbere. Primitivos habitantes da região, os berberes sempre se rebelaram contra os sucessivos invasores da África do Norte. Forneceram soldados e elefantes de guerra aos fenícios e cartagineses, estabelecidos no litoral desde o segundo milênio A. C. e com eles aprenderam a preparar o azeite e o vinho. No séc.III a.C. Massinissa fundou um reino independente, tendo como capital Cirta (atual Constatantine); seu neto, Jugurta, resistiu por sete anos à invasão romana (112-105 a.C).
Dominação romana. Numídia e Mauritânia cesariana as duas províncias africanas de Roma que correspondem ao atual território argelinio. Nelas desenvolveram-se as culturas do trigo, azeite e vinho em grande propriedade cedidas a imigrantes e veteranos de guerra, espoliando-se os berberes, o que produziu freqüentes revoltas. Ocorria, entretanto uma intensa urbanização da qual participava uma classe de comerciantes berberes latinizados. A África do Norte, na ocasião, era a região agrícola mais rica do Ocidente.
Latinização e cristianismo. As cidades tornaram-se focos de latinização. Nelas propagou-se o cristianismo e, em seguida, a dissidência donatista (Donato, bispo de Numídia), mais de acordo com a formação igualitária dos berberes, que entretanto seria combatida pelo seu caráter anti-romano em 411. Os vândalos, sob o comando de Genserico, invadiram e dominaram a região durante um século, a partir de 429, e gradativamente eliminaram a influência romana e destruíram as cidades do litoral. Os bizantinos, os novos dominadores, a partir de 583, encetaram uma restauração, limitada à parte oriental do pais, mas não puderam resistir à invasão árabe.
Conquista árabe. Os árabes iniciaram a conquista do Maghreb em 683, encontrando forte resistência berbere no Aurés, comandada pela rainha Kãhina. Após vitórias iniciais, bizantinos e berberes foram derrotados. A conquista árabe, concluída em 709, resultou no acontecimento mais notável da história da África do Norte, pois, com o islamismo, plantaram-se fundamentos religioso, culturais e políticos vigentes até hoje a vida dos povos da região.
Os berberes converteram-se ao Islãm; mas como, a partir de meados do séc.VIII, os convertidos deviam pagar os mesmos impostos que os infiéis, aqueles se revoltaram e aderiram ao khãridjismo, seita islâmica mais de acordo com as suas aspirações puritanas e igualitárias. Foram derrotados pelos Fatímidas, dinastia originada de outra seita herética xiita, os quais estenderam o seu domínio até o Egito. Não tendo obtido êxito na conversão dos berberes, permitiram que beduínos Hilalianos do leste devastassem a economia agrícola do Maghreb, onde desde então predomina o nomadismo.
Dinastia berbere. Entre 1055 e 1147 os almorávidas, berberes vindos do Saara, apoderaram-se de toda a África do Norte e passaram à Espanha, de onde transmitiam a cultura andaluza, reforçando a arabização do Maghreb. Seus sucessores foram os almóadas (1147-1269), que dominavam a região por intermédio de vassalos nômades. Após a desagregação do império almoada o reino de Tlemcen (1235 – 1554) se fez vassalo dos marínidas marroquinos e dos háfsidas tunisinos.
ENCICLOPEDIA MIRADOR INTERNACIONAL – Enyclopaedia Britannica do Brasil Publicação Ltda. São Paulo – Rio de Janeiro Brasil.Vol n 3 S.P. 1989 pág 724 -725.









OUTRA VERSÃO DE ONDE VIERAM OS VÊNETOS

DONDE ERAM ORIGINÁRIOS OS VÊNETOS?
O maior historiador dos Vênetos antigos, Professor Franco Rocchetta, sem apresentar maiores provas, coloca o berço desse valoroso povo da antiguidade (e também da atualidade) nas estepes, ao sul da Rússia, ou seja, nas bacias inferiores dos rios Don e Volga; o primeiro é afluente do mar Azov e Negro e o outro desemboca no Mar Cáspio. Mas o próprio Rocchetta julga que devemos buscar as origens da raça Vêneta mais para o Oriente.
No livro Seculi Sul Mondo, da Editora Marietti, ensina que o historiador judeu-romano Josefo Flávio (37-100 d.e.) identifica os Paflagônios, como sendo descendentes de Rifath, que é filho de Comer, neto de Jafet e bisneto do patriarca Noé. Ora, o poeta épico grego Homero (= refém, cego) escreve que os Vênetos moravam na Paflagônia. Baseados nestas afirmações poderíamos reconstruir a linhagem vêneta até Adão. "Noé (= repouso, consolo) é filho de Lamec e este de Matusalém (= homem da paz), de Henoc (= iniciado), de Iared, de Malaleel ou Maleleel (= Deus faz resplandecer a sua luz), gerado por Cainan (= ferreiro), que foi filho de Henós ou Enós (= homem), neto de Set (= compensação) e bisneto de Adão (= homem de terra, barro), que foi criado por Deus”. (Lc 3,36-38) Mas essa lista dos ascendentes de Noé é incompleta pela ausência de muitos nomes e gerações, já que a espécie humana antes de Noé deve ter existido por milhares, certamente milhões de anos.
Mas, como a Arqueologia e a História comprovam que os Vênetos são da raça ariana, pretendo buscar bem mais longe, seja no tempo ou no espaço, a procedência desse povo incomum. Há muitos milênios aconteceu o Dilúvio, relatado na Bíblia (= o livro por excelência) (Gn 7 e 8), o qual, por causa dos muitos pecados, terminou com quase toda a espécie humana; com a ajuda de Deus, sobreviveram apenas oito pessoas: Noé com sua esposa, os três filhos e as respectivas esposas. Por meio deles o mundo se repovoou, e o Senhor garantiu que "nunca mais haveria de amaldiçoar a terra" com semelhante inundação (Gn 8,21). A Bíblia afirma que no fim do Dilúvio a arca salvadora pousou no cimo do monte Ararat (= maldição do tremor) na Armênia (Gn. 8,4), que faz parte do maciço montanhoso do Cáucaso (= rochedo do Cáspio). Ao se multiplicarem, os descendentes de Noé se espalharam, tomando várias direções. A quase totalidade da descendência de Cam (= o quente) ocupou o Oriente Próximo; outros rumaram para a África (= colônia). Por isso o Egito, que fica na parte norte oriental da África, é chamado de terra de Cam (Salmo 104, 23 e 27). Os da estirpe de Sem (= nome, renome) caminharam para o sul e se fixaram nas terras próximas da Mesopotâmia (= entre rios) e também se mesclaram com os camitas.
Os Jafetitas foram os mais numerosos pela bênção especial que Noé deu a este seu filho: "que Deus dilate e multiplique" (Gn. 9, 27). Deles se originou a grande família Ariana ou Indo-Européia, nossos antepassados. Parte deles partiram para o ocidente, alojando-se nas terras montanhosas da Anatólia (= levante, oriente para os gregos), hoje Turquia. Mas a maior quantidade marchou para o sudeste, disseminando-se pela imensa Ária (= terra de gente nobre), que é formada ao sul pelo planalto iraniano ou persa, chegando até ao rio Indus (= rio grande). Ao norte era limitada pelo Cáucaso e pelos mares Cáspio e Ara!. Esse vasto tabuleiro é ocupado em nossos dias pela Pérsia (= saqueada), Paquistão e Afeganistão (= terra dos Afegãos). Na antiguidade aqui se encontravam a Média, a Parthia (= exilada), a Pérsia, a Bactriana, a Sogdiana e o fértil vale do sagrado rio Indus. Dessas intermináveis paragens é oriunda a raça Ariana ou Indo-Européia, assim denominada porque se estende da Índia até cobrir toda a Europa.
E os Vênetos, de que parte da Ária serão originários? Pelas suas características étnicas acima especificadas, certamente estavam localizados a sudeste do Cáucaso, na parte meridional do mar Cáspio e nas intermináveis planuras que se estendem até o mar de Ara!. Nessas edênicas e bucólicas terras formadas pela solidez das montanhas caucásicas, pelas incomensuráveis praias do Cáspio, com suas águas tranqüilas e pelas vastíssimas savanas, os Vênetos, durante séculos, plasmaram seu caráter, sua personalidade típica e suas qualidades específicas. Das sólidas rochas caucásicas aprenderam a firmeza, a perseverança, a estabilidade, pioneirismo. As águas serenas e azuis lhes ensinaram a pregar a paz e amor pelo elemento líquido. Ao cultivarem as terras férteis assimilaram a paixão pelo trabalho. Dos vastos horizontes do Cáspio e das amplas planuras deitadas ao sul do Arallhes adveio a indômita liberdade. A fértil mãe natureza os educou na estima e respeito à mulher e à natureza. O contato com todo esse ambiente divino os tornou profundamente religiosos. Forarri sempre amantes do cavalo, originário dessas paragens e que eles ajudaram a domesticar.
Bibliografia
OS VÊNETOS NOSSOS ANTEPASSADOS. Antonio Domingos Lorenzatto. 2º Edição. Editora Est. Porto Alegre 1999.
Editora Est. Rua Verissimo Rosa 311 Cep 90610 280 Porto Alegre RS. Fone 51 3336 1166 e-mail rovest@pro.vi-rs.com.br