quarta-feira, 30 de março de 2016

Breve Glossário de Termos Técnicos


Breve Glossário de Termos Técnicos

 Aglutinação - fusão de dois elementos lexicais numa única palavra; Ponte e alto formam Pontalto (ponte alta).

 Antropônimo – nome próprio de pessoa e também sobrenome, embora se costume usá-lo mais comumente com a primeira acepção.

 Apelativo – qualquer tipo de vocábulo usado para designar uma pessoa, podendo ser nome, apelido, cognome.

 Cognome – épiteto nominal, apelido.

 Étnico – vocábulo que indica que um cidadão pertence a uma raça. A uma etnia, a um povo, como alemão francês, italiano.

 Gentilico – designativo dos habitantes de um país, de uamregião, de uma cidade, como Italiano, Lombardi, Milanese, Napolitano.

 Hipocorístico – forma abreviada ou modificada, de cunho popular e coloquial, de um nome; de Antônio, se formam os hipocorísticos Tonho, Toni, Toninho.

 Fitônimo – nome de palanta como olmo(olmeiro) vigna (videira).

 Hagiônimo – nome de santo, como Santo André, São Paulo, São Pedro.

 Hagionímico – sobrenome derivado de nome de santo, como Andreis, Petri, Pauli.

 Matronímico – sobrenome derivado deo nome da mãe e significa sempre filho de, como Agnesi (filho de Inês)De Maria, Di Anna.

 Pan – italiano – sobrenome, neste caso, que ocorre em todo o território da península itálica, como Rossi, Bianchi, Ferrari,

 Patronímico- sobrenome derivado do nome do pai e significa sempre filho de, como Petri, (filho de Pedro) Bernardi, Di Lauro.

 Sobrenominização – processo de transformação de um nome, de um apelativo em sobrenome.

 Topônimo – denominação de locais geográficos, áreas, países pontos de referencia, como italia, lácio, montanha, lago, rio, praia, praça, paço municipal, etc.

 Tomonìmico – sobrenome derivado de um topônimo, como Pisa, Roma, lago,Dal filme, Costa, Montagna, Piazza, Della Via.

 Zoônimo – nome de animal, como leone (leão) bue (boi).

 

 Uma listagem mais complexa dos sufixos que concorrem para a formação dos sobrenomes e também para a derivação lexical no idioma italiano pode ser encontrada num boa gramática histórica. Aconselha-se a leitura da Gramatica Italiana e dei sui Dialetti de Gehrad Rohlfs de onde, salvo pequenas alterações, foi extraído o elenco apresentado acima.

 Seria demasiado longo e enfadonho exemplificar cada um destes sufixos com alguns sobrenomes em que o mesmo se faz presente. Convém observar que os sufixos constituem a mairo fonte mulplicativa dos nomes familiares italianos. Estes concorrem realmente para, acredita-se decuplicar as formas originais dos sobrenomes italianos. Os exemplos falam por si. Do antropônimo Giovanni, resultam vários hipocirístico, como foi frisado anteriormente. Tomando-se um deles, Zan ou Zane, por exemplo, obtém-sem com a sufixação, sobrenomes com Zanin, Zanini, Zanon, Zanoni, Zanette, Zanetti, Zanotti, Zanotto, Zanella, Zanello. Zanelli, Zanengo, Zanenghi, Zanet, Zanet, Zanesi, Zanessi, Zanicchi, Zaniol, Zanioli, Zaniolo. Zanol, Zanolo Zanola, Zanot, Zanus, Zanuso, Zanussi, Zanut, Zanuto, Zanutta, Zanutti, Zanoto, Zanata, Zanatta, além de Zanni, Zannini, Zannoni,

 Ata, ita, uta: Deverbal, qualidade, noção temporal.

 etc. Assim também de Domenico, pode-se lembrar Domenichini, Domenechini, Domeneghini, Menichini, Meneghin, Meneghini, Menegato, Menegatti, Meneghetti, Menegotto, etc.

 Um fato interessante na formação dos sobrenomes é a dupla sufixação, Essa ocorre suficientes para verificar este fenômeno linguístico derivativo. Tomando o mesmo sobrenome Zane ou Zani, com o acressimo do sufixo diminuitivo otto, origina-se Zanotto; se a este, for acrescido o sufixo, também diminuitivo, ello, obtém sobrenome duplamente Zanotello. O curioso neste sobrenome é a sua carga semântica que foi perdida através dos séculos. Observa-se que Zane, Zani ou Zan representam hipocorístico que surge sob o signo de forte carga afetiva, pois se formou na linguagem popular e coloquial em que a afetividade e a benquerença propriciam fixação de todo hipocorístico.

 Outro exemplo idêntico, com o memo sobrenome Zani, se verifica-se com Zanini (com o sufixo diminuitivo – ino) e em Zaninelli com o sufixo diminuitivo – ello)

 Existem, porém sobrenomes com a tripla sufixação; e não são raros. Revendo o sobrenome Zane, Zani, forma-se Zanini com um primeiro sufixo diminuitivo; deste se origina Zaninelli, com o segundo sufixo diminuitivo; acrescentando-se a este último, o sufixo- ato tem-se como resultante o sobrenome Zaninellato, triplamente sufixado. Semelhante a este é o caso de Binellato; substraindo-se o último sufixo (ato), obtém-se o sobrenome Binello, Binelli; suprimindo-se o sufixo diminuitivo –ello rsulta outro sobrenome, Bino Bini: etc...

 Bibliografia:

 Mioranza, Ciro – 1940. Filius Quondam /Ciro Mioranza – São Paulo: São João Batista Editora, 1996

segunda-feira, 7 de março de 2016

Mulher é vida e vida é mulher



MULHER É VIDA E VIDA É MULHER

No dia 8 de março, comemora-se o dia internacional da mulher. Tudo começou nesse mesmo dia, em 1857, na cidade de Nova York, onde ocorreu a primeira greve conduzida por mulheres, que eram operárias das indústrias têxteis e trabalhavam em regime de escravidão cerca de 16 horas. Pretendiam uma jornada de 10 horas de trabalho. Ao reivindicarem seus direitos, foram reprimidas violentamente pela polícia e para defender-se da tamanha agressão, refugiaram-se nas fábricas. Os donos em represália a ação das mulheres, atearam fogo nas indústrias e assim o fato histórico registra a morte de 129 operárias queimadas vivas ou mortas por asfixia.
Desse modo a presença feminina teve que passar por grandes provações a fim de conquistar seus direitos. Em Copenhague, no ano de 1910, na segunda Conferencia Socialista Internacional da mulher, ficou decidido que a data 8 de março seria o Dia Internacional da mulher.
A mulher em toda a sua história vem crescendo e conquistando o seu espaço, tornando-se sujeita deste processo de transformação. Ela gera o filho, amamenta-o, cuida dele, educa-o para a vida. Assim no sistema matriarcal a mãe cuidava de tudo e de todos, e nada escapava do seu comando. Nos povos indígenas e em outras tribos a influência da mãe era bastante grande, pois ela, além de gerar os filhos, cuidava da família e do trabalho. Embora tenha que ser forte para suportar todas estas atividades, pois a presença do companheiro, muitas vezes machista, é esporádica, sobretudo nos momentos de prazer.
Mas existem também outros dados importantes na história da mulher. Só em 1827 permitiu-se a sua presença nos bancos escolares de ensino básico; portanto, ela sempre foi marginalizada no nível cultural. Em 1871, as mulheres puderam cursar o magistério, desde que se incluíssem no curso “trabalhos manuais” logo quem olhar atento para a história verá que a ausência da mulher, foi por motivos discriminatórios. É importante olharmos para o nosso interior, e assim tomarmos consciência da opressão a que nossas mães e irmãs e filhas e esposas foram submetidas. Acima de tudo precisamos ajudar a combater a situação desigual que há em nosso planeta onde ainda se vê a mulher como sexo frágil que não pode desempenhar algumas atividades.
No processo da libertação da mulher, descobrimos que é possuidora de direitos e deveres iguais aos do homem, e que desempenha as atividades tão bem que, provocando uma certa inveja em quem observa, tornando-a participante ativa desta sociedade.
Em 1932 as mulheres votaram pela primeira vez conquistando o espaço no campo da política, e assim se tornando histórica a luta política e pela vida. as mulheres, principalmente as mais jovens, descobrem muito cedo um maior engajamento pelo social. Posicionam-se contra a exploração, a miséria, o machismo, as injustiças. Lutam para construir um novo projeto histórico.
Em 1975, foi decretado pela ONU “O Ano Internacional da Mulher” reconhecidamente por sua atuação em diversos sentidos: no lar, no trabalho, na escola, na igreja, no sindicato e em todos os segmentos dessa sociedade opressora.
Portanto, a “rainha do lar” hoje é a “cinderela” dos escritórios, das fábricas, das salas de aula, as esposas amantes que conquistam a cada momento seu espaço social. É necessário reconhecer a dignidade dessa mulher, mãe e companheira em qualquer função e lugar, em todos os momentos. A esta pessoa humana que é forte e corajosa devemos todo o respeito e admiração.
Frei Paulo Zanatta