sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Os Filós




Os filós


Na história – Os imigrantes italianos, movidos pela distância da terra natal e pela fé cristã, se reuniam para compartilhar experiências, trocar informações, dialogar, cantar, divertir-se e cultivar amizades. Essas reuniões entre famílias vizinhas ficou conhecida como filó (serões)


A saudade era imensa, mas graças à fé, alegria e união, conseguiram força para levar adiante a vida nova em terras desconhecidas. “Após a longa jornada de trabalho na roça, os colonos se reuniram em família, na casa de vizinhos, sempre à noite, para descontrair a aliviar o peso dos dias de trabalho”, descreve Vanice Dal Magro, dirigente de turismo.


Nesses encontros, as mulheres se reuniam para falar de educação dos filhos e dos acontecimentos da comunidade e para fazer artesanato. Elas não se envolviam nos assuntos dos homens, reuniam-se em outros ambientes para conversar (ciacolar) sobre a família, lide domésticas, culinárias etc. Ao mesmo tempo, trançavam a palha de trigo, utilizada para confeccionar chapéus e cestas


Fonte Correio Riograndense. Caxias do Sul, 16 de  novembro de 2016


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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Oração da Noite
Vou agora me deitar. Dos trabalhos descansar. Agradeço-vos Senhor. Vossa graça e vosso amor. Neste dia se eu pequei. O perdão me concedei. Nesta noite carinhosa. Protegei-me mãe bondosa. Meus olhos fecharei. E feliz repousarei! Pois estás sempre a meu lado. Todo cheio de cuidado. Meu bom anjo protetor. Que me deu Nosso Senhor. Amém

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Letanie Lauretane (em italaiano)

  LITANIE LAURETANE
   
Signore, pietà
Cristo, pietà
Signore, pietà.
Cristo, ascoltaci.
Cristo, esaudiscici.
Padre del cielo, che sei Dio,
Abbi pietà di noi.
Figlio, Redentore del mondo, che sei Dio,
Spirito Santo, che sei Dio,
Santa Trinità, unico Dio,
Santa Maria,
prega per noi.
Santa Madre di Dio,
Santa Vergine delle vergini,
Madre di Cristo,
Madre della Chiesa,
Madre della divina grazia,
Madre purissima,
Madre castissima,
Madre sempre vergine,
Madre immacolata,
Madre degna d'amore,
Madre ammirabile,
Madre del buon consiglio,
Madre del Creatore,
Madre del Salvatore,
Madre di misericordia,
Vergine prudentissima,
Vergine degna di onore,
Vergine degna di lode,
Vergine potente,
Vergine clemente,
Vergine fedele,
Specchio della santità divina,
Sede della Sapienza,
Causa della nostra letizia,
Tempio dello Spirito Santo,
Tabernacolo dell'eterna gloria,
Dimora tutta consacrata a Dio,
Rosa mistica,
Torre di Davide,
Torre d'avorio,
Casa d'oro,
Arca dell'alleanza,
Porta del cielo,
Stella del mattino,
Salute degli infermi,
Rifugio dei peccatori,
Consolatrice degli afflitti,
Aiuto dei cristiani,
Regina degli Angeli,
Regina dei Patriarchi,
Regina dei Profeti,
Regina degli Apostoli,
Regina dei Martiri,
Regina dei veri cristiani,
Regina delle Vergini,
Regina di tutti i Santi,
Regina concepita senza peccato originale,
Regina assunta in cielo,
Regina del santo Rosario,
Regina della famiglia,
Regina della pace.
Agnello di Dio che togli i peccati del mondo,
perdonaci, o Signore.
Agnello di Dio che togli i peccati del mondo,
ascoltaci, o Signore.
Agnello di Dio che togli i peccati del mondo,
abbi pietà di noi.
Prega per noi, Santa Madre di Dio.
E saremo degni delle promesse di Cristo.
Preghiamo.
Concedi ai tuoi fedeli,
Signore Dio nostro,
di godere sempre la salute del corpo e dello spirito,
per la gloriosa intercessione
di Maria santissima, sempre vergine,
salvaci dai mali che ora ci rattristano
e guidaci alla gioia senza fine.
Per Cristo nostro Signore.
Amen.

Letanías de la virgen

  LETANÍAS DE LA VIRGEN
   
Señor, ten piedad
Cristo, ten piedad
Señor, ten piedad.
Cristo, óyenos.
Cristo, escúchanos.
Dios, Padre celestial,
ten piedad de nosotros.
Dios, Hijo, Redentor del mundo,
Dios, Espíritu Santo,
Santísima Trinidad, un solo Dios,
Santa María,
ruega por nosotros.
Santa Madre de Dios,
Santa Virgen de las Vírgenes,
Madre de Cristo,
Madre de la Iglesia,
Madre de la divina gracia,
Madre purísima,
Madre castísima,
Madre siempre virgen,
Madre inmaculada,
Madre amable,
Madre admirable,
Madre del buen consejo,
Madre del Creador,
Madre del Salvador,
Madre de misericordia,
Virgen prudentísima,
Virgen digna de veneración,
Virgen digna de alabanza,
Virgen poderosa,
Virgen clemente,
Virgen fiel,
Espejo de justicia,
Trono de la sabiduría,
Causa de nuestra alegría,
Vaso espiritual,
Vaso digno de honor,
Vaso de insigne devoción,
Rosa mística,
Torre de David,
Torre de marfil,
Casa de oro,
Arca de la Alianza,
Puerta del cielo,
Estrella de la mañana,
Salud de los enfermos,
Refugio de los pecadores,
Consoladora de los afligidos,
Auxilio de los cristianos,
Reina de los Ángeles,
Reina de los Patriarcas,
Reina de los Profetas,
Reina de los Apóstoles,
Reina de los Mártires,
Reina de los Confesores,
Reina de las Vírgenes,
Reina de todos los Santos,
Reina concebida sin pecado original,
Reina asunta a los Cielos,
Reina del Santísimo Rosario,
Reina de la familia,
Reina de la paz.
Cordero de Dios, que quitas el pecado del mundo,
perdónanos, Señor.
Cordero de Dios, que quitas el pecado del mundo,
escúchanos, Señor.
Cordero de Dios, que quitas el pecado del mundo,
ten misericordia de nosotros.
Ruega por nosotros, Santa Madre de Dios.
Para que seamos dignos de las promesas de Cristo.
ORACIÓN.
Te rogamos nos concedas,
Señor Dios nuestro,
gozar de continua salud de alma y cuerpo,
y por la gloriosa intercesión
de la bienaventurada siempre Virgen María,
vernos libres de las tristezas de la vida presente
y disfrutar de las alegrías eternas.
Por Cristo nuestro Señor.
Amén.

Oração da noite em italiano


Vado a leto – co’l angelo perfeto – coll’angelo de Dio, o mio caro signor Iddio.
Con la Madorna stessa-com vita promessa.
Só di andare e non di levare-non só di ritornare.
Tre  gracie a Voi io voglio dimandare
Confession, comunion, olio santo.
Mi reccomando a voi Spirito Santo.

La Bella Polenta


La Bella Polenta

1 - Quando si pianta la bela polenta,

La bela polenta si pianta cosi si pinta cosi

Oh! Oh! Oh! Bela polenta cosi cia cia pun cia pun cia cia pun.

 

2 – Quando la cresce la bela polenta,

La bela polenta, la cresce coci,

Si pianta  cosi, la cresce cosi:

Oh, oh, oh etc,

Nota:

Na Itália o canto começava com as palavras: “La Bella furlana la pianta la fava”

Nas colônias daqui o cereal mais querido é o milho com que se faz a polenta.

"Pensar" a morte


“Pensar” a morte

A morte “da o que pensar”, O pensamento pode ser ocupar em muitas caminhos, pode até pensar só em si mesmo, como a lógica. Mas a morte surge como uma parede fatal que interrompe todo o caminho. Nela, o pensamento, quando mais bater, mais sairá ferido e derrotado. Por isso, os antigos filósofos epicuristas, que davam receitas para viver com o máximo de prazer e equilíbrio esta curta vida que nos cabe, queiram despreocupar seus ouvintes com a leviana fórmula: “Quando você está, a morte: quando a morte está, você não está”. É claro que isso não resolve a morte de quem amamos e a dor que sofremos por uma perda irreparável.

Uma vaca é morta mas não sabe, e por isso não se preocupa, não angustia, é símbolo da tranquilidade, Nas nós sabemos que vamos morrer e por isso nos pre-ocupamos. Quase tudo ou talvez tudo o que fazemos tem sua razão última e secreta nesse fato: somos mortais. Nossas lutas com a saúde e a medicina, nosso cuidado com o vestir e morar, nossa profissionalização, economia, organizações, talvez toda nossa cultura, provém dessa luta com a morte inevitável que procuramos adiar.

A morte revela nosso “fim”, ou seja, nossa limitação, finitude humana. Humilha, por isso, nosso pensamento, sobretudo o pensamento de que somos seres livres, de que a liberdade é o valor mais alto de nossas vidas, que nos distingue como humanos e pela qual vale a pena lutar. Muitos até morrem pela liberdade. No entanto, a norte torna nosso pensamento sobrecarregado, pesado “preso”, e o pensamento se mistura com a angustia e agonia. Um filósofo moderno, Martin Heidegger, ficou célebre por sua curta definição do ser humano: “ser-para-a-morte”. No entanto, segundo ele, a morte e a finitude que ela revela cruelmente, nos permitem antecipar uma decisão vital: ela mostra o “nada” sobre o qual dança a nossa liberdade finita, sem raízes. Podemos, assim, assumir esta vida limitada com única forma de ser autenticidade livres.

Os Filósofos anteriores, porém, sobretudo o grande Platão, tomaram uma direção contrária: pela alma nós somos imortais, embora pelo corpo sejamos mortais. É o “dualismo” de corpo/alma como forma de solução. A alma participaria da esfera divina e imortal por sua forma espiritual, incorpórea. Na verdade, isso é mais uma “opinião”, pois que de nós sabe o que é puramente espiritual, uma vez que tudo em nós, até os sentimentos mais espirituais, têm uma base corporal? Nós não sabemos o que é ser fora do corpo, apesar de todos os esforços exotéricos. É duro ser autêntico e reconhecer, como fez Heidegger, de que não podemos saber se somos imortais nem pela alma, e que o dualismo grego é antes fruto de um desejo. Este desejo de imortalidade pode estar nas religiões, na filosofia, na ciência, na tecnologia, em tudo o que fazemos. Nós queremos ser felizes, e garantir esta felicidade “para sempre”, desejamos imortalidade. Se não é imortal, a felicidade não vale a pena, o balanço de custo-benefício faz o peso da balança afundar nos custos. Mas desejar ser imortal não é provar de que somos de fato imortais. É a morte dos que amamos revela o contrário, abre o abismo da morte em que mergulha o amor, um amor que quer se “para sempre” e, por isso mesmo, é o que há de mais doloroso na catástrofe da morte.

Gabriel Garcia Marques, prêmio Nobel de literatura, afirmou que há apenas dois assuntos pelos quais vala a literatura: amor e morte. Tanto o amor como a morte se encontram como os maiores inimigos na grande trama e batalha que decide a via no seu extremo. A ficarmos  com o Cântico dos Cânticos, da Bíblia, o amor é o único capaz de enfrentar a morte de frente., porque “amor é forte como a morte”. De certa forma, “amar é morrer” porque o amor no joga para fora de nós mesmos em direção a quem amamos. E exatamente por isso, quando a morte nos toca a nos aniquila, não nos encontra mais em nós mesmos, não porque já não somos, como pensavam os epicuristas, mas porque estamos na pessoa amada. A morte não consegue aniquilar o amor, nem sequer consegue tocá-lo, pois é próprio do amor fazer morrer para si mesmo antes mesmo da morte, habitando e se abrigando em quem se ama.

Mas sobra uma derradeira pergunta: e quando morre a pessoa amada? Então a saudade nos leva junto, pois a saudade é um laço doloroso e inquebrantável, que atravessa a morte e que o tempo o tempo não destrói. A saudade é memória mais longa do que a morte, fidelidade que nos vai conduzindo pelas frestas da parede da morte numa luta de gigantes. A saudade é um amor à distância, que abraça o infinito, impulsionando à união, apesar da morte.

No entanto, a saudade, como avisa a psicanalise, é perigosa, pois pode nos paralisar e nos fazer viver só do passado. Esta é meia verdade. A outra metade é mais importante: Ela pode transformar em esperança, em força e confiança diante da morte, porque a morte de quem se ama é uma partida que abre espaço para se amar mais, para se cuidar de outros mortais que também precisam de amor para não cair na batalha contra a morte. O amor verdadeiro, que faz morrer para si mesmo, ensina a amar sem egoísmo e sem retorno, a alcançar o regaço, as mãos, o socorro, para os que estão em perigo de morrer. Um amor de verdade obriga a preocupar-se mais com a morte dos outros do que com a própria. É quando eles morrem, o amor cada vez mais ausente e definitivo abre ainda mais espaço e mais caminho pra continuar a obra do amor que vence a morte dos que aqui morrem. Uma “filosofia da morte” só pode ser bem pensada se for de frente com uma “filosofia do amor” – fortes como a morte, enlaçando amor e morte em dramática e terrível poesia. “No entardecer da vida, o que vala é ter amado”.

Luis Carlos Susin

PoA/15.10.03