quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pesias

Poesias

Benzinho se eu não for tua
De mais ninguém eu serei
Nem viverei mais no mundo
A morte a deus pedirei

Cravo branco luz do dia
Jasmim da minha alegria
Quem me dera mora perto
Para verte todo dia

Meu amor na despedida
Nem adeus pode me dar
Batia-me a mão no peito
Logo se por a chorar

Nem mesmo eu suspirando
Eu acabe com rigor vou
Cumprir minha palavra
Que diz com tanto amor

Benzinho se eu não for tua
De mais ninguém eu serei
Nem viverei mais no mundo
A morte a Deus pedirei

Menina se me amas
Confessa a tua verdade
Que no meu peito existe
Amor e não felicidade

Meu coração está fechado
Com a chave da paciência
Meu coração só se abre
Na tua presença

Quero que me digas
Se me amas ou não
Se me corresponde
Te do meu coração

O raio do sol me parte
A terra me faça em pó
Deus me tire a vida
Se eu não amar a ti só

Eu te amo joventilho
Deixa que falem o que quiser
Ei de amarte juventilho
Enquanto vida tiver

O trevo diz que a treva
Morra em baixo do chão
Eu não sou trevo e me atrevo
A morar em teu coração

Nas matas do povo novo
Não e mentira eu bem vi
Existe um feio inimigo
Com o nome de caubi

Chefe de tribo e selvagem
E mais veloz de que a flecha
Não tome nem os canhões
Quando vê fogo na mecha

Vencedor de mil batalha
Sempre domina o inimigo
Energizo antes da luta
Depois não temo o perigo

Ele tornou-se um corsário
De todos quantos vão lá
Também julga derrotar
Esse terrível as eguia

Deus talvez que esta vitoria
Não lá pesa conseguir
Por que o nobre esquia
Na frente lhe via sair

E tom,ando aquele ar puro
Lá do capão do rodeio
Dizendo adeus a caubi
Vai correndo prezo no freio

Como tenho uns cobre magros
Vou já fazer nossa aposta
Por ter muita confiança
Na sorte do Luiz Costa

Sai que o nosso amigo
Vai nesse jogo de o lado
Mais e capaz desta vês
Lhe falar a coroada

O caubi é como ferro
E leva outro ferro em cima
Quanto mais corre mais guapo
E mais para o outro se arrima

João Assis nesta cena
Tem um papel importante
Mais por descuido não vá
Tocar o caubi por diante.

Pode vencer o caubi
Nada posso garantir
Mais julgo ter a vitoria
O que na frente sair

E outra coisa vou dizer
E juro em nome de cruz
Que só jogaremos alivio
Se alguém na quiser da luz

Em fevereiro a dezoito
No dia de carnaval
Vamos ver qual dos dois
E vencedor afinal

Se o nosso amigo o ferro
A espora não fincar
Pode ser que desta vês
Se desta desquite o velho quintes

Penso passando em querer-te
Penso pensando em amar-te
Penso de dia e de noite
Penso de nunca esquecer

Adeus prenda de meu olhar
Vida de meu coração
Chega age o triste dia
De nossa separação

Bem longe vou habitar
Desse teu peito querido
Porque só tu és a prenda
Que andas no meu sentido

Coração que está ausente
Do lugar em que habitar
Trazes meu peito no sentido
Suspiras e quero dou gritar

Por Deus Nosso Senhor
Que tu vás
Por Deus Nosso Senhor
Meu bem não te quero mais

De lugar em que estou
Me lembrava cada momento
Saudades que eu de ti tenho
Não sais do pensamento


Espero nesta ausência
Satisfazer as saudades
Este abc que te mando
É a prova da nossa amizade

Ficaste de mim ausente
Meu bem não foi por meu gosto
Mais trago no meu coração
Retrato de teu rosto

Gloria que eu cem ti tenho
Ausência tenra tristeza
Por que só tu és a prenda
Que eu amo com firmeza

Hora da noite aflita
Nesta triste solidão
Só satisfeito chorando
Pena do meu coração

Há não me posso esquecer
Desse nosso triste perito
Só o meu unido ao teu
Me faria satisfeito

Lamento na emoção
O pranto que eu parte chorando
Averiguar que estás ausente
Ainda firme te adoro

Elejo tu meu bem
Ainda em meu coração
Com quem mais fazia
Pretexto de união

Adeus Maria eu parto agora
E sem demora vim dizer-te adeus
Porto contente para seguir meu norte
Adeus Maira dos encontros meus

Adeus Maria eu de ti me ausento
Meu pensamento, vou deixar em ti
Parto contente para seguir meu norte
Talvez que a sorte ainda me traga aqui

Adeus Maria estrela tão brilhante
Do mundo da luz já perdeu
Daí –me um sorriso ofereça morena
Dai-me morena um sorriso teu

Modinha
Não posso, ter mais alegria
Por esta de ti ausente
As horas para mim são anos
Por não ter você presente

Não penses que pela ausência
Eu de ti te esquecer-me
Jurei ser firme constante
Hei de ser a te morrer

Jurei ser firme e constante
Amor, amor sem fingimento
Hei de firme sustentar
O meu segredo juramento

O meu coração te diz
Não posso para ninguém dar
Podes crer com firmeza
Que eu nasci para te amar

Modinha
Meu amor que estais tão triste
Dizei-me porque choras
São saudades de derriço
Suspiras e nada mais

Não há flor como suspiras
La na minha união
Todas as flores as flores se vendem
Só os suspirar se dão

Suspirar por não ter ver
Há matei esta saudade
Muita custa uma ausência
A quem ama na verdade

Suspiras e meu sustento
Quando de ti me ausento
Nada me serve de alivio
Só contigo estou contente

O meu amor quem te digo
Que eu dormindo suspirava
Quem te disse não mentir
Que eu algum suspiro dava


Modinha
Amar e viver ausente
E triste em felicidade
Nem a marte custa tanto
Como custa uma saudade

Eu viver de ti ausente
Não e por minha vontade
E a força do destino
E a minha em felicidade

Descansar teu coração
Que só a ti quero bem
Só tu abrirás meu peito
Depois de ti mais ninguém

Dourado sonho que tive
Primeira vez que ti vi
Conheci que amava uma anjo
Jurei de morrer por ti

Dentro de meu terno peito
Só a teu nome tem lugar
Eu de outra não serei
Só nasci para te amar

Dois corações bem unidos
E um viver bem delicado
Só meu coração não pode
Viver do teu separado

Aceita estes versos
Que é volta de uma saudade
E com eles também vai
Uma sincera amizade

Continuação
Descansa teu coração que
Só a ti quero bem
Só tu domina meu coração
Depois de ti mais ninguém

Este verso e para ti



Adeus a sombra das flores
O doce jardim florido
Que triste despedida agora
Quem tão alegre tem

Quem tão alegre tem sido
Triste me despedida agora
Adeus meu querido bem
Adeus que me vou embora

Adeus que me vou embora
Adeus que nossa querendo-te
Adeus a sombra das flores
Que me quero despedir

Lhe quero despedir-me
Não sei quando mas te verei
Se as minhas sorriso for esse
Que farei de mim não sei

Baião
Tava na peneira
Eu tava peneirando
Eu tava no namoro
Eu tava namorando

Na farinhava
La na serra do Teixeira
Namorei uma cabrocha
Nunca vi tão feitisera

A meninada
Descascava a macaxeira
De meiga no caitito
Eu e ela na peneira

Trinta dia tiene el mese
Dase nese tiene El bairro
Y damazias tiempo as tenido
Para ver tu desenganho


O vento dava
Sacudia a cabeleira
Levitava a saída dela
Na balanço da peneira

Fechei os olhos
E o vento foi soprando
Quando deu o redemoinho
Sem querer tava espirando

De madrugada
Nos fiquemos ali sozinhos
O Pai dela soube disso
Deu de perna no caminho

Chegando lá
Até rio da brincadeira
Nos estava namorando
Eu e ela na peneira


Samba
Fala mangueira fala
Mostra a força da tua tradição
Com licença da Portela favela
Mangueira mora no meu coração

Suas cabrochas gingando
Seus tamborim repicando
E momentâneo

Estou falando de mangueira
A velha mangueira
tradicional

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