segunda-feira, 7 de março de 2016

Mulher é vida e vida é mulher



MULHER É VIDA E VIDA É MULHER

No dia 8 de março, comemora-se o dia internacional da mulher. Tudo começou nesse mesmo dia, em 1857, na cidade de Nova York, onde ocorreu a primeira greve conduzida por mulheres, que eram operárias das indústrias têxteis e trabalhavam em regime de escravidão cerca de 16 horas. Pretendiam uma jornada de 10 horas de trabalho. Ao reivindicarem seus direitos, foram reprimidas violentamente pela polícia e para defender-se da tamanha agressão, refugiaram-se nas fábricas. Os donos em represália a ação das mulheres, atearam fogo nas indústrias e assim o fato histórico registra a morte de 129 operárias queimadas vivas ou mortas por asfixia.
Desse modo a presença feminina teve que passar por grandes provações a fim de conquistar seus direitos. Em Copenhague, no ano de 1910, na segunda Conferencia Socialista Internacional da mulher, ficou decidido que a data 8 de março seria o Dia Internacional da mulher.
A mulher em toda a sua história vem crescendo e conquistando o seu espaço, tornando-se sujeita deste processo de transformação. Ela gera o filho, amamenta-o, cuida dele, educa-o para a vida. Assim no sistema matriarcal a mãe cuidava de tudo e de todos, e nada escapava do seu comando. Nos povos indígenas e em outras tribos a influência da mãe era bastante grande, pois ela, além de gerar os filhos, cuidava da família e do trabalho. Embora tenha que ser forte para suportar todas estas atividades, pois a presença do companheiro, muitas vezes machista, é esporádica, sobretudo nos momentos de prazer.
Mas existem também outros dados importantes na história da mulher. Só em 1827 permitiu-se a sua presença nos bancos escolares de ensino básico; portanto, ela sempre foi marginalizada no nível cultural. Em 1871, as mulheres puderam cursar o magistério, desde que se incluíssem no curso “trabalhos manuais” logo quem olhar atento para a história verá que a ausência da mulher, foi por motivos discriminatórios. É importante olharmos para o nosso interior, e assim tomarmos consciência da opressão a que nossas mães e irmãs e filhas e esposas foram submetidas. Acima de tudo precisamos ajudar a combater a situação desigual que há em nosso planeta onde ainda se vê a mulher como sexo frágil que não pode desempenhar algumas atividades.
No processo da libertação da mulher, descobrimos que é possuidora de direitos e deveres iguais aos do homem, e que desempenha as atividades tão bem que, provocando uma certa inveja em quem observa, tornando-a participante ativa desta sociedade.
Em 1932 as mulheres votaram pela primeira vez conquistando o espaço no campo da política, e assim se tornando histórica a luta política e pela vida. as mulheres, principalmente as mais jovens, descobrem muito cedo um maior engajamento pelo social. Posicionam-se contra a exploração, a miséria, o machismo, as injustiças. Lutam para construir um novo projeto histórico.
Em 1975, foi decretado pela ONU “O Ano Internacional da Mulher” reconhecidamente por sua atuação em diversos sentidos: no lar, no trabalho, na escola, na igreja, no sindicato e em todos os segmentos dessa sociedade opressora.
Portanto, a “rainha do lar” hoje é a “cinderela” dos escritórios, das fábricas, das salas de aula, as esposas amantes que conquistam a cada momento seu espaço social. É necessário reconhecer a dignidade dessa mulher, mãe e companheira em qualquer função e lugar, em todos os momentos. A esta pessoa humana que é forte e corajosa devemos todo o respeito e admiração.
Frei Paulo Zanatta   

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