Missa do
Encontro da Família “Zanatta” Texto de
introdução para o dia de Encontro
Texto lido em 18
de janeiro de 209 , por ocasião do sétimo encontro da família “Zanatta” na
gruta da Linha 19, localizade de Santo Isidoro no município de Carlos Barbosa.
No final do século
19, enquanto a França, Áustria e Suíça direcionavam todo o seu esforço para
entrar vigorosamente para o mundo da modernização e da tecnologia a Itália
permanecia num sistema arcáico enredando-se em guerras internas e externas isso
fez dela um país desordenado e retrógado.
Os altos
impostos arrecadados eram aplicados na guerra. A população não tinha retorno de
benefícios gerados pelos impostos penalizando brutamente os camponese. O
governo recrutava os jovens para o exército obrigando-os a servir duramente 3
anos no período mais produtivo de sua vida.
A fome imperava
entre os agricultores, e o povo não vislumbrava melhores perspectivas para o
futuro. Os aldeões não dispunham de terra suficiente para a agricultura, deviam
criar artificialmente terraços nas montanhas para poderem produzir.
O rigoroso
inverno fazia com que os campezinos permanececem 6 meses inativos,abrigados em
estrebarias para poderem se aquecer junto aos animais.
A população era
tão pobre que se alimentava basicamente de polenta.Tão pobre que não podia
comprar nem mesmo o sal para colocar na polenta. Daí advinha uma avitaminose
chamada pelagra, que se não fosse tratada levava a morte.
Durante o verão
os agricultores trabalhavam intensamente para produzir comida e para guardá-los
para o rigoroso inverno Europeu.
Quando um Jovem casava não tinha
casa própria e nem terreno para construí-la. Deviam esperar a liberação de um
quarto ou a construção de um novo para poder casar.
Os que não tinham casa e nem terras
viviam numa situação desesperadora. Além de terem de se sustentar deviam pagar
o aluguel da casa onde moravam e das terras em que trabalhavam. Reinava a
estagnação e nada poderiam esperar do porvir.
Foi nesse clima que na década de
1870 e 1880, chegaram a Itália os propagandistas da imigração para a América.
Eles avivaram no povo uma esperança
de uma vida nova, num mundo novo cheio de oportunidades. Para terem comida em
abundância e para serem livres precisam ter um pedaço de terra. E era isso que
os porpagandistas anunciaram que o império Brasileiro oferecia.
Foi nesse cenário que os nossos
antepassados da família “ZANATTA” resolveram fugir de todas essas adversidades
imigrando para o Brasil.
Nesse momento anunciamos a chegada de um grupo de pessoas que
representando os imigrantes italianos das famílias “Zanatta” que também se
radicaram nesta localidade de Santo Isidoro, linha 19 em Carlos Barboso com a
bandeira da Itália, trajes típicos, carroça e untensílios de trabalho.
Texto produzido por Luiz Accorsi, descendente da família “Zanatta”
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