terça-feira, 8 de maio de 2007

História de Nossa Senhora da Penha e freis Capuchinhos na vila da Quinta e 1º Aula

NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA

Origem da invocação
Em 1434, Simão Vela sonhou que havia uma imagem guardada em algum monte. Cinco anos depois, encontrou a imagem guardada pelos franceses na guerra contra os muçulmanos
Milagres
Um camponês, percorrendo suas terra foi surpreendido por uma enorme cobra, pronta para dar o bote. Recorreu o camponês à Nossa Senhora e logo, sem saber de onde apareceu um jacaré que devorou a cobra, salvando assim o camponês.
Esse, em agradecimento, ergueu uma capela no penhasco de sua terra
Penha no Brasil
Penha foi trazida pelos português colonizadores.
A primeira capela foi inaugurada em 1558 no Espírito Santo, pelo franciscano Frei Pedro Palácios.
A segunda capela foi inaugurada em Irajá na Sesmaria dos Jesuítas, pelo capitão Baltazar de Abreu Cardoso, no Rio de Janeiro

Fundação da Matriz de Nossa Senhora da Penha na Quinta

Em 1903 foi lançada a pedra fundamental para a construção da Igreja sendo iniciada dos senhores Abdon Salies que doou o terreno e Antônio Paes Viera que trabalharam juntos com os demais moradores da Quinta para o levantamento da Igreja. O prédio ficou pronto em março de 1908.
De 1908 até 1912, foi concluída por dentro e por fora, e 21 de abril deu-se a sua inauguração, intronizando Nossa Senhora da Penha como sua padroeira.
A iniciativa de trazer Nossa Senhora da Penha como padroeira da paróquia foi dos senhores Francisco Guilhem e Otcaviano Molina.
A Santa foi doada pela Senhora Maria das Dores Pereira que fez vir do rio de Janeiro a bonita imagem esculpida toda em madeira de Nossa Senhora da Penha.
Mais tarde, em 1914 a igreja foi acrescida de 2 salas em sua laterais, a sacristia e uma sal para reuniões. Trabalharam para a construção dessa obra todos o povo da quinta presidido pelo Manuel da Silva Chuvas.
Para nós, paroquianos, é uma honra relembrar estes fatos de nossos antepassados, e é uma alegria maior trabalhar e participar da festa em homenagem a nossa querida padroeira.
Que Nossa Senhora da Penha abençoes os paroquianos e visitantes principalmente aqueles que participam de sua devoção, tomando parte nas festas, orações, missas, sacramentos e outros atos piedosos que garantem a vida eterna.

Agradecimentos


Nicola, Castanheira, Osório, Lima, Botelho, Brancão, Rocha, Almeita, Moita, Roderigues, Silva, Camargo, Duarte, Ferreira, Coelho, Cchein, Troca, Graça, Porto, Kubaski, Louro, Gomes, Marquettotti, Neves, Barragana, Costamilan, Ávila, Barroco, Farias, Donati, Souza, Mirapalheta, Cunha, Barros, Coimbra, Servi, Massena, Figueiredo. E outras que tenham demonstrado sua devoção a nossa padroeira, tomando parte na organização das festas, tríduos, e outros atos piedosos que merecem ser lembrados.

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA

Origem da Invocação de Nossa Senhora da Penha de França
Segundo o Padre Colonga, em “Nuestra Señora de la Pena de :Francia”, um peregrino francês de nome Simão Vela, em 19 de maio de 1434, descobriu em Penha de França – monte situado na serra do mesmo nome – na província de Salamanca, Espanha a milagrosa imagem de Nossa Senhora, tão célebre na cristandade. Segundo o peregrino, em seus êxtases, ouviu sempre uma advertência do Céu: “Simão, vela e não durma!” – pelo que passou a adotar o sobrenome de Vela, com o qual ficou conhecido. O monte onde foi encontrada a imagem é isolado e separado dos demais, e mais semelhante a uma penha, pelo que sem dúvida, dela recebeu o nome que hoje tem. Posteriormente, no vale formado pelas serras da Gata e suas vizinhas, e bem próximas ao monte onde foi descoberta a imagem, os carmelitas, no ano de 1599, ergueram o célebre Santuário de lãs Batuecas, A tradição popular, porém, é mais, precisa, pois diz que o peregrino Simão Vela, recolhido a um mosteiro da Ordem Franciscana, na aldeia de Puy, quando ainda se encontrava na França, tivera conhecimentos em sonhos de que uma imagem de Nossa senhora estava escondida em uma serra qualquer da Espanha. Em sua visão ouvira vozes celestiais que incentivava à procura da imagem perdida. Simão vela partiu então para cinco anos depois, descobriu a imagem da Santa, que ali havia sido deixada por franceses que haviam combatido contra os muçulmanos.

Os Primeiros Milagres atribuídos a Nossa Senhora da Penha de França
Conta à lenda que o primeiro milagre de Nossa Senhora da Penha de França, ocorreu no monte onde a imagem foi encontrada. Um grupo de fugitivos perseguidos por bandoleiros, invocou a proteção da milagrosa santa e obteve a graça divina de ser atendido. Tal percussão causou o milagre, na época, que logo atravessou a fronteira e a santa passou a ser venerada também em Portugal, onde em Guimarães vetusta cidade do Minho, ocorreu o segundo milagre e a aparição da mesma santa aos que a invocavam. Outros milagres de Nossa Senhora da Penha de França, registrados pela lenda ainda correm de boca em boca, em Portugal, e a própria cidade de Lisboa a venera em um templo que tem o seu nome, numa das suas mais populosas paróquias.

Origem da Veneração E Invocação da Santa n Brasil
A invocação e a veneração a Nossa Senhora da Penha de França, no Brasil, veio trazida pelos portugueses, descobridores da terra. Em fontes, diversas, colhemos Ermida em louvor a Nossa Senhora da Penha, foi erguida em vila Velha, na antiga Capitania do Espírito Santo, entre os anos de 1558 e 1570, por frei Pedro Palácios, irmão leigo da Ordem dos Frades dos Franciscanos, natural da Espanha e fervido cultor da Santa. A segunda no Brasil, foi a da Penha do Irajá erguida em 1635, na, então antiga Sesmaria dos Jesuítas, pelo capitão Baltazar de Abreu Cardoso. (Dados colhidos no “Santuário Mariano” e em belos comentários de Dr. Vieira Fazenda). No “Santuário Mariano e História das Imagens milagrosas de Nossa Senhora e das milagrosamente aparecidas que se veneram em todo o Bispado do rio de Janeiro e Minas, e em todas as Ilhas do Oceano, de Frei Agostinho de Santa Maria, Ex-Vigário Geral da Congregação dos Agostinhos descalços de Portugal e natural da vila Extremos, Lisboa Ocidental, ano 1723”, encontramos essa ligeira referência à devoção de Nossa Senhora da Penha, no Tomo 10: “ ... que o capitão Baltazar de Abreu Cardoso, em um cabeço de rochedo, donde parece lhe deram o nome de Penha, fundou esta casa e Santuário; que tem um ermitão devoto que cuida muito do asseio do altar e da limpeza daquela casa; que a festa se realiza em 8 de setembro e que a ela acorrem, não só moradores daquele contorno, mas também da cidade; que a imagem é de roca e de vestidos e tem o Menino Deus nos braços; que desta devoção e desta Imagem faz memória o Rev. Pe. Miguel de S. Francisco na sua relação."




Referência à Invocação E Culto de Nossa senhora da Penha
José de Alencar, Bernardo Guimarães, Joaquim Manoel de Macedo e outros escritores, em alguns de seus romances, põem a invocação da santa, na boca de alguns de seus personagens. O Padre Manoel Barbosa, em seu livro “A Igreja no Brasil” edição de 1945, diz que, em homenagem à santa milagrosa, existem: “...Penha, no rio de Janeiro; Penha, em Vitória, Espírito Santo...” referindo-se a bairros (páginas 264); e sobre as festividades: ...”em Crato Ceará, Nossa Senhora da Penha 1º de setembro... “(página 267): Acerca de Paróquias com titulares, Santíssima Trindade, Pessoa Divina ou um Mistério: ... Penha I ... “ (pagina 269).Diz também, que “...a Santinha Virgem é titular de mais de mil paróquias brasileiras, com as seguintes invocações:... Nossa Senhora da Penha .19... “(página 239). Entretanto, não cita o Padre Manoel Barbosa, que paróquia são essas e nem lhes faz a mínima referência. Ainda na página 239, referindo-se à abolição de festas, diz: “Por decreto de 19 de fevereiro de 1918, nenhuma outra festa estabelecida por direito particular obriga, atualmente, os fiéis.” Etc. “Em vista dessa determinação, deixaram de ser festas de preceito: no rio de Janeiro, o dia de São Sebastião (20 de Janeiro): e na Diocese de Crato, no Ceará, os dias de são João Batista (24 de Junho) e Nossa Senhora da Penha (1de setembro). Não se refere o autor, às festividades da Penha no Ri de Janeiro e nem à razão de, conforme o Santuário Mariano, porque as festas que eram realizadas a 8 de setembro, inicialmente tenham passado para o dia 1 de setembro, inicialmente, tenham passado para o 1”domingo de outubro, prolongando-se até o 1 domingo de novembro, no Rio de Janeiro, e em 1 de setembro, no Ceará. Às outras paróquias, não faz referências o citado livro. Aliás, não encontramos essa informação nem mesmo no “Bosquejo Histórico”, distribuído pela Irmandade da Penha.

A Peregrinação de Nossa Senhora da Penha

Durante o mês de outubro, em que é venerada a milagrosa santa o bairro da Penha se enche de barraquinhas multicoloridas e engalanadas, onde se encontram cordões de amendoim torrado, de roscas e de balas que os fièis compram para usar em volta do pescoço, antes e depois de subirem os 365 degraus talhados na pedra, que conduzem à veneração da santa. A romaria é uma coisa assombrosa: velhos, moços, senhoras, crinaças, aleijados, defeituosos, todos vão prestas sua homenagem à Nossa Senhora da Penha, para pedir graças ou pagar as recebidas. A casa dos milagres é um atestado irrefutável da grande veneração e das graças concedidas aos que têm fé, pela milagrosa Nossa Senhora da Penha


Bibliografia
Revista: História de Nossa Senhora da Penha. Ed Brasil América Ltda. RJ. 1955




















VILA DA QUINTA MAIS DE UM SÉCULO DE HISTÓRIA

As raízes do nome QUINTA são bem mais antigas do que se possa imaginar. A localização de seu espaço físico já consta em um mapa elaborado por Manuel H. do Couto e Rey em 1777.

No mapa, a área correspondente ao distrito é denominada de QUINTA DO CAPITÃO MOR. Segundo consta a tradição – oral – a origem do nome QUINTA era uma enorme quinta de árvores frutíferas de uma residência que existiu na saída para a região do Taim. Tratava-se de uma grande casa, pára-peito em granito, com vestígios de mármore, com vestígios de mármore e um vasto portão em forma de arco. A residência desabou há mais de 15 anos. Seu estilo arquitetônico e o material utilizado nos remetem aos padrões de construções dos meados do século XIX.
A Quinta do Capitão Mor, local de moradia e feições militares/ administrativas, fazia parte de um sistema de ocupações territorial baseada nas antigas Sesmarias – sistema de concessões de terras-variando entre 10 a 13 mil hectares – da Coroa Portuguesa para ocupação e proteção de seus limites. Todos os campos do Povo Novo, Torotama e Taim estão relacionados ao nosso início de povoamento pelo Homem europeu, firmando assim a posse definitiva do território sul.
A geografia dos campos da Quinta esfacela-se ao longo do tempo com as continuas divisões de campos, vendas, permutas e heranças. No inventário de Sebastião José Castanheira, de 1862, a área que lhe pertencia foi dividida para herança em nove partes, de acordo com o texto da página 11 do inventário: “huma horta de arvoredo de fructas por um conto de réis – lugar denominado Quinta”.
As significativas mudanças estruturais viriam mais tarde, com o levantamento o traçado topográfico da futura estrada de ferro. Delineava-se, em 02 de dezembro de 1884, com a inauguração da Estação Férrea, um novo capítulo da organização urbana do distrito. O então povoado de escassas residências adotava o nome ESTAÇÃO QUINTA. Agora não seria mais uma rede de estâncias e árvores frutíferas o referencial histórico do nome herdado, mas sim, um suntuoso prédio de alvenaria de telhas de zinco que, no trajeto ferroviário, seria um ponto obrigatório de parada dos caminhos do sul.
Com a proclamação da República em 1889 e a constituição de 1891, esperava-se uma verdadeira revolução democrática no País, o que acabou não acontecendo. Sem a participação popular na prática, a política exercida na jovem República estava enclausurada em moldes monárquicos. Mulheres analfabetas e menores de 21 anos não votavam. Em compensação, um imenso eleitorado fantasma desfilava nas urnas do País e fora. Mortos que votavam votantes com duas seções, entres outros, garantiam assim a vontade da elite que governava o País. Esse domínio tinha por base uma extensa rede de relações, cujo ponto inicial estava na estrutura agrária, no latifúndio monocultor, na grande estância e na dependência entre trabalhadores e peões com os grandes fazendeiros ou senhores da terra. Era a representação eleitora manobrada pelo Coronelismo e pelos currais eleitorais que garantiram um longo sucesso ao regime. O Rio Grande do sul não era exceção na geo-grafia política do País. O Partido republicano Rio Grandense venceria uma guerra mais violentas que o País já testemunhou. Com duração de 31anos (1893 -1895), a chamada Revolução Federalista somou o número de 10 mil mortos.
A incipiente Estação Quinta contribuía com seus coronéis nessa ordem então dominante através de apoio logístico, sustentando basicamente na sua estrutura latifundiária circundante. Essa essência republicana convivia intimamente com as lideranças divididas entre capitães e coronéis. como Marcelino Pereira das neves, Trajano Lopes, Abdon Salis, Manuel silva Chuvas, José Bernardino Fonseca, Augusto Nicola e uma relação com mais de 70 nomes que faziam parte do Centro Republicano dos distritos rurais, com sede na povoação em 1909.
Na ordem ou na desordem, nas confusões fraudulentas, no livre trânsito, nas melhorias da Igreja, nas pontes ou estradas e nas posses, legais ou não, de terras passavam as bênçãos do poder local. As manifestações da política regional circulavam em nosso meio, no cotidiano da nossa vida social política. Tínhamos os sub-intendentes e sub-delegados, chefes maiores da organização distrital, que representavam o último contato com o povo e o eleitorado.
A povoação da Quinta cresceu nesse jogo de poder. Passava aos poucos a ser5 o contato inicial, e o entorno a ser o contato inicial, o entorno das ações políticas, centralizadas pela sua posição geográfica. Nossos chefes locais tinham suas origens monarquia e na escravatura. Pequenos estancieiros ou grandes latifundiários, não importava, tinham em sua base econômica as atividades pecuárias, circulavam no meio de favorecimento bancário e suas relações se identificavam com uma elite conservadora.
Fiéis aos seus princípios, inauguraram a Sociedade de Instrução e Recreio quinta, em 1903. Queriam um clube que disputasse de recreação, cultura e divertimento para a elite social quintense. Dinheiro, dignidade e pertencer à raça branca era o tripé básico para associar-se à Sociedade ou freqüenta-la.
Em 1906, surge o Jornal O Gaúcho, veículo dedicado aos interesses dos moradores da campanha. Em tablóide-formato adotado pela Folha de São Paulo modelo para aquele período, circulou entre junho de 1906 e abril de 1909.
Em 31 de dezembro de 1909, foi criado o 5º Distrito com o nome de Julio de Castilhos, pelo intendente municipal Dr. Trajano Augusto Lopes.
No início dos anos 1900, já funcionava a empresa de transporte de Quintino Machado e Manuel Cunha, que instituíram o pioneirismo de linhas regulares de três vezes ao mês ligando Quinta – Taim e Capilha-Santa Vitória, com sua diligência puxada por cinco cavalos e também a monumental fábrica de pentes em frente à Estação Ferroviária.
Respirava-se certo orgulho e indispensável sensação de que o melhor que havia fora do centro do Município estava aqui. O trem não só circulava com produtos ou passageiros, como também era o único meio de transporte viável naquele tempo. Circulavam também idéias e conhecimentos com uma rapidez estupenda quando comparadas às informações vindas pelos emissários a cavalo dos tempos passados.
Com a oficialização e a criação jurídica do distrito, surgiram o Cartório Distrital (1910), a Igreja de Nossa Senhora da Penha (1912), a Escola Agrícola, administrada pelos padres Josefinos que vieram da Itália para fundar o internato para alunos carente (1915), mais as casas de comércio e os hotéis que completariam o lugarejo perplexo e incomodado com o nome que lhes era estranho. Seu antigo nome foi retomado a partir de 1916 e oficializado em 1938, mas todos, no dia-a-dia, eram cidadãos quintenses.

Por Cledenir Vergara Mendonça
Acadêmico do curso de História da FURG
Jornal ECO DO INTERIOR publicação
mensal distribuição gratuita 2005 nº 1



















FRANCISCAMNOS CAPUCHINHOS NA QUINTA HÁ 25 ANOS

Vinte e cinco anos da presença dos Franciscanos Capuchinhos na Paróquia Nossa Senhora da Penha – Diocese do rio Grande – Vila da Quinta.

Tomamos posse desta paróquia em 24 de agosto de 1980, das mãos do então Bispo Diocesano, dom Frederico Didonet.
O primeiro pároco a aqui trabalhar foi Frei Antõnio Parisotto – em memória. Seu sucessor foi o Pároco Frei Vergelino Richette (1982 a 1988).
Estagiários: Frei Alcir Antônio Galina 1982, Frei Aldino Luiz Segala 1983, Frei Carlos Reis Freitas 1984. Vigário paroquial: Frei Sérgio Rosa (1985 a 1988) Nesse período, foram instituídas as comunidades: são Francisco de Assis - Vila Nova, Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora da Palma.
Pároco: Frei Carlos Jaroceski (1988 a 1991). Auxiliar: Frei Vilsom Piaza (1988), em memória. Estagiário: Frei Luiz Carlos Lunardi; (1989), Frei Jacir Zardo 1990, frei José Carlos Felisberto em 1991 – Época em que foi instituída a Comunidade Santo Antônio.
Pároco: Frei Leopoldo Ciprino (1992 a 1993); Vigário paróquia: Frei Luiz Carlos Lunardi (1992-1993).
Pároco: Frei Luiz Carlos Lunardi (1993-1996) Estagiários: Frei Luiz Antônio Pasinato 1993: Frei João Luiz Andrade Santos (1994) Frei Eudes Roque Zanon 1995; Período de instituição da Caomunidade Nossa Senhora de Fátima – Barra Falsa.
Pároco: Frei Eudes Roque Zanon (1996 a 1998). Estagiário: Frei Júlio Cezar Ribeiro (1996) auxiliar: Frei Olívio Dedordi (1998 a 1999)
Pároco: Frei Júlio Cezar Ribeiro (1998 a 2030 Estagiário; Frei Cláudio Rodrigues 2000. Período da instituição das Comunidades: Santa Clara – Serraria – Nossa Senhora Aparecida – Banhado Silveira época, já era prestado atendimento às três Comunidades da Ilha dos Marinheiros (São João Batista, santa Cruz e Nossa Senhora da Saúde).
Pároco atual: Frei Carlos Freitas, que tomou posse em 2003. Vigário paroquial Frei Júlio Cezar Ribeiro 2003. Estagiário atual: Frei Nedir Francisco Piovesan (2000). Momento em que as Comunidades Santa Cecília – Pesqueiro – Santa :Terezinha – lomba da Quinta- foram instituídas.
Devido à realidade climática de nossa cidade, optamos em realizar a comemoração jubilar (25 anos de presença dos :Freis Franciscanos Capuchinhos) na Festa da Padroeira de nossa Paróquia - Nossa Senhora da Penha, para lembrar os 90 anos da chegada dos padres Josefinos de Murialdo, bem como os 100 anos da construção do prédio. São três momentos fortes que vivemos no dia 24 de abril.
O passado foi cheios de realizações no campo missionário, envolvimentos sociais, educacionais e materiais (construções) de igrejas, salas de catequese, escola, salão comunitário, ajuda a família carentes...).
Hoje os desafios são múltiplos, devido à transformação da sociedade civil que repercute na Igreja, ou seja, criaram-se vários pastorais para responder às necessidades que o mundo de nos desafia. O povo cristão desta vasta Paróquia, que compreende dezesseis comuniodades em que de ponta à ponta tem uma extensão de 120 Km, vive um dinamismo profético de resistência devido a situação econômicas.
Os motivos destas comemorações nos animam a olhar para o futuro com coragem, vigor, alegria e compromisso com a causa do reino de Deus.
Parabéns aos paroqui8anos que acolheram com carinho os padres Josefinos de Murialdo e a nós , Freis franciscanos Capuchinhos. Paz e Bem
Frei Carlos Reis Freitas e Frei Nedir Francisco Piovesan
Jornal ECO DO INTERIOR – nº 02 16 de agosto de 2005

Nb: Atualmente é Pároco de Nossa Senhora da Penha - Frei Paulo Fioravante Zanatta.(2006 ...) Frei Estagiários: Frei Carlos Junior do Santos e Frei Roberson Chiaretin (2007...), cursando o ensino fundamental no colégio Lilia Neves.
ESCOLA JOSEFINOS; PROJETOS SONHOS... QUE FICARAM NO PASSADO
HISTÓRIA
Em 1914, a administração do município, através do Intendente municipal, Dr Nascimento, e o Bispo Diocesano de Pelotas, viabilizaram, com a Congregação São José, a fundação de uma escola agrícola. O objetivo era auxiliar na educação de crianças pobres e, ao mesmo tempo investir no desenvolvimento da agricultura na região. Nesse período a igreja de Rio Grande pertencia a Diocese de Pelotas.
Uma proposta inovadora na área educacional e, provavelmente, um projeto pioneiro na ação pedagógica e religiosa, sob o controle dos padres Josefinos no Brasil. A ordem era de Turim, na Itália, e os religiosos foram transferidos da Líbia (África) e dos Instituto Industrial para a Vila da Quinta . No dia 5 de Janeiro de 1915, chegaram os dois primeiros padres, começaram a missão no Rio Grande do Sul: Pedre Oreste Trombem e Giuseppe Longo.
Em fevereiro chegaram o padre Umberto Pagliane, superior encarregado da Escola, e o irmão Hermenegildo Guerrini.
No dia 21 de Abril de 1915, foi inaugurada a Escola agrícola na sede do extinto Posto Zootécnico, com uma área de 14 hectares. Hoje, está assim compreendida: à frente o Posto de Saúde e o Grêmio Esportivo Nacional e, ao fundo, a Usina de Asfalto.
Eles cultivavam mudas de árvores silvestres, frutíferas e ornamentais para consumo interno e comercialização. Diversas árvores frutíferas como videiras, pesseguesidros, romãzeiras, oliveiras e laranjeiras totalizam 300 pés de mudas, prontas para a lata de parreiras, com comprimento de 600 metros hoje, situadas na rua da usina de asfalto, no antigo horto municipal.
Hortaliças e vagem de leguminosas e cereais também eram cultivadas para as aulas práticas dos alunos ou para os experimentos e manejos técnicos das culturas então estabelecidas.
No começo, em 1915, a escola tinha 10 alunos internados e, paralelamente, era ministrada a aula municipal para alunos do sexo masculino, na qual os menores moradores da povoação da Vila da Quinta e do Instituto aprendiam elementos fundamentais da língua portuguesa, arithimeticu – assim era a escrita – e noções variadas na área da agricultura, perfazendo um total de 50 alunos.
Os propósitos de uma educação cívica e religiosa, alicerçada na moral cristã, tinha como meta fundamental a formação do caráter, O programa de preparação da Escola abrangia seis anos de ensino, divididos em dois cursos, o preparatório e o de capatazes sendo cada um deles com três anos de duração. Nos primeiros (professores e alunos) três anos, ensinavam português, arithimeticu, geografia, história do Brasil, caligrafia, desenho à mão livre, noções de fícica, química e artes manuais. Já no curso de capatazes, o referencial curricular era o da Escola de Engenharia de Porto Alegre. O modelo pedagógico era subdividido em módulos anuais: 1º Teoria, que seria a base de ensino como português, geometria, ciências naturais e desenho: 2º ensino Profissional, conhecimentos de semeadura, colheitas, poda, enxertos e experiências químicas / orgânicas, além de despesas, receitas e compilações de contas; 3º Zootecnia e Industria: raças de animais, coberturas, tratamentos externos, uso do método experimental e econômico, imunização, vacinas e soros. Nas industrias agrícolas, o aprendizado de enologia – preparo dos vinhos – atafonas, lacticínios, álcool, cidra e princípios de economia rural.
A educação passava por um refino estrutural jamais imaginado, pois ia do aprendizado tosco e limitado à capacitação profissional, em que distância e as dificuldades de acesso, além de não existir nenhuma prioridade de alfabetização, eram bem claras, para um projeto de experiências dos padres Josefinos que, na época, possuíam conhecimentos do mundo europeu. O índice de analfabetos ficava em torno de 70% da população rural.
Os padres Josefinos chegaram com sonhos, projetos, idéias, criatividade e investimentos públicos jamais vistos na região, com objetivos de aplica-los na escola. Apesar de tudo, o padre Umberto, talvez, tenha praticado o pecado de acreditar ao milagre da transformação. Em uma terra dominada por chefes locais, conservadores, coronéis e políticos descompromissados com a comunidade, com o tempo, rompeu-se a política da boa vizinhança. A administração da paróquia da Penha, criada em 1913, ficou sendo atendida pelos religiosos da ordem de são José, que abrangia a Igreja do Cassino, Taim, Quinta e Povo Novo. Portanto, um novo rumo evangelizador da igreja foi traçado. Passaram a funcionar o Apostolado da oração e Associação da Doutrina Cristã (catecismo), com as aulas da Escola Agrícola. Nessa época, em que foi criada a Boa imprensa, que propagava leituras e publicações da igreja católica no país, a qual criou um jornal chamado “Mensageiro Cathólico”. Caderno com relação dos alunos internos, Período entre 1915 e 1920
Entre tantas inovações estavam a Fabrica da Matriz, que cuidava dos bens da Igreja, digamos “Primor da Caridade”, uma espécie de pronto-socorro físico, moral e religioso aos pobres, doentes em suas residências. (Festa cívicas da Escola Agrícola em 1925. Jornal Mensageiro Católico da ordem de São José, editado entre 1916 a 1919. Segundo jornal editado na Quinta) Quem conheceu o Padre Umberto dizia que ele era um pouco homeopata, atendendo doentes da Ilha da Torotama ao Taim.
As transformações não foram só nas área da educação. Em 1922, a Ordem de São José de Murialdo deixou a Vila da Quinta. No entanto, nem a Escola, tampouco a Paróquia, estavam preparadas para a retirada dos Josefinos. Ainda não está claro o motivo da saída dos religiosos, mas estudos em andamento apontam para retaliações políticas da ação desagregadora do Partido Republicano, aliadas a lideranças locais interessadas na continuação do projeto da escola – porém, sem o seu cunho, religioso, então estabelecido.
O novo diretor nomeado pelo município, José Antônio Martins Carneiro, comandou a instituição até 1926, quando a Escola foi fechada definitivamente. Resultado: número reduzido de alunos, baixa qualidade no ensino, interferência política e prepotência administrativa fulminaram o projeto inovador que o município construíra.
Nos 90 anos da chegada dos Josefinos, a Banda Marcelino das Neves e seus instrumentos amarelos não se apresentaria, tampouco o Grupo de Teatro Fiasco com seu espetáculo dramático subiria ao palco, ou a equipe de ginástica faria apresentações para o público, tal como em tempos passados.
Foram sete anos de uma página de nossa história que, aos poucos, começa a ser resgatada. Os últimos alunos da Escola nos deixaram no ano passado: Marcolino Brancão e João Correia. Com eles, foram as últimas experiências narradas que estão arquivadas.
Do antigo prédio de dois andares e um conglomerado de oficinas e galpões, resta somente uma parede de 3x3 metros.
Nota: Existem trabalhos que estudam ou citam a presença da ordem de São Jose de Murialdo na Vila da Quinta, com visões e objetos de pesquisas diferenciadas. 1 – Araújo, Acienir Solano. Aspectos Históricos da Fundação Urbana da Vila da Quinta. Furg Cópia. Tese de especialização. 2 – Maier. Paulo Souza. Visão Histórica da Realidade da Comunidade de Nossa Senhora da Penha, Vila da Quinta. UFPEl, mimiografado, monografia, sem data. 3 – Mendonça, Cledenir Vergara. A Educação Distrital em rio Grande. Aspectos Históricos. Artigo não publicado 2004.
Por Cledenir Vergara Mendonça
Acadêmico do curso de História da FURG
Jornal ECO DO INTERIOR publicação
mensal distribuição gratuita 2005 nº 002
16 de agosto de 2005















A PRIMEIRA AULA PÚBLUICA NA QUINTA

Em 1889, com a instituição da República, o país começaria a mudar sua estrutura política e econômica.
A chegada do colono e a pré-industrialização contribuiria para a retomada do ensino.
A educação distrital constitui-se, de certa forma, com as ações do governo republicano, palas novas perspectivas e oportunidades do conhecimento.
Em Rio Grande, a aula pública foi criada em 14/01/1820, no meio rural, através da lei nº 44 de 12/05/1846, na Freguesia do Povo Novo. Na Ilha dos Marinheiros, a primeira aula para o sexo feminino foi em 225/101831. No Taim, a educação chegou em 05/05/1873 e na ilha da Torotama em 1879. Nesses período, a povoação do interior ou nas fazendas de criação de gado, as pessoas desconheciam o alfabeto.
O modelo econômico estava baseado na produção pecuária e com um nível de desenvolvimento que não exigia uma capacitação maior do assalariado.
A pequena povoação da Quinta se inseriu no mundo do conhecimeantao assim: em 1899, surgiu a Escola Pública na Quinta, com a professora Antonia Albuquerque, que ministrava aulas só para as meninas e com o professor rodolfo Orfino, com aulas para o sexo masculino.
Em 1909 a professora da Estação da Quinta, Maria Iveta de ar4aújo veio transferida de Herval com sua irmã. Lilia de Araújo, que foi lecionar em rio grande. A professosra Lilia, que casou com o Cap. Frutuoso das Neves, fazendeiro no taim, passava as férias na Quinta e teve dois de seus filhos aqui.
Lilia Neves, nome usado após seu casamento foi professosra no Bibiano de Almeida e no Juvenal Müler, falecendo em 07/03ler, falecendo em 07/0ofessosra no Bibiano de Almeida e no Juvenal Miller, falecendo em 07/03/1922, com 45 anos.
Em 1915, surgiu a escola Agricola da Quinta, sob a direção dos padres Josefinos, estabelecida até 1922. Após, a administração da Escola ficou na responsabilidade do professor José Antônio Martins carneiro e de Olga Mendonça, sua esposa. Em 1927 surgiu a Escola Municipal da Quinta, no mesmo local da antiga escola dos padres, tendo como nova regente a professora Julieta de Melo Azambuja.
Em 1939 foi colocado o nome de Lilia Neves na escola que trazia em seu bojo pequenas alterações e adaptações do currículo, oriundas das reformas educacionais dos estados ou do governo federal.
Assim o "Grupo escolar Lilia Neves" começaria sua trajetoria na formação e deducação no 5º Distrito. Houve a troca do prédio,pois a infra-estrutura antiga e a de madeira incendiou.
a escola Lilia Neves está no atual prédio desde 1961. Ampliou seu espaço, aumentou o número de alunos, houve trocas de direção e agora vira o século com ousadia e capacidade de sonhar.Sem os traumas do passado, mas com uma educação envolvente, crítica e que interage no seu meio social.
Cledenir Vergara Mendonça

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