CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS DE SÃO JOSÉ DE
CHAMBÉRY
PROVÍNCIA DE CAXIAS DO SUL
Irmã Regina Maria Tasca
02.02.1921
+ 14.01.2008
“Nossa vocação de Irmãs de São José é
vocação de Comunhão.
Precisamos reconhecer e proclamar o amor
do Senhor.
Trabalharemos para criar um mundo mais
justo e mais fraterno,
Onde cada pessoa seja reconhecida em sua
dignidade de filho de Deus.”
(constituições
número 65)
Esse número das nossas Constituições foi
uma luz na vida e missão de Irmã Regina Maria Tasca.
Irmã Regina nasceu no dia dois de
fevereiro de 1921, em Farroupilha. Seus pais, FRANCISCO TASCA e REGINA
ZANATTA TASCA tiveram 7 filhos. Duas filhas serviram o Senhor como
religiosas na Congregação das Irmãs de São José. Com pouco mais de 11 anos,
Irmã Regina entrou no Juvenato, em Garibaldi. Segundo seu próprio depoimento,
esse foi um tempo que marcou sua vida com belas lembranças e aprendizado.
Fez seu primeiro engajamento na
Congregação no dia 18 de outubro de 1937.
Como professora, trabalhou em diversas
escolas de diferentes localidades: Paim Filho, Cacique Doble, Nova Roma do Sul,
Ibiraiaras, São Marcos, Carlos Basbosa, Caxias do Sul. Irmã Regina destacou-se
também pelo seu espírito missionário, marcando presença junto ao povo em
Dourados e Fátima do Sul, no estado de Mato Grosso do Sul e em Colorado do
Oeste, no estado de Rondônia. Como Ministra da Eucaristia e inserida na
Pastoral Popular trabalhou ainda em Flores da Cunha, Antônio Prado e Pinto
Bandeira. Uma vida que certamente deixou marcas de itinerância, desapego e
total disponibilidade.
Aos 86 anos, ao ser perguntada o que
lembrava de sua família, respondeu: “Além
da reza do terço e do canto das ladainhas em latim, lembro que, em casa, era
costume, antes de saborear as primícias do ano, como o primeiro cachinho de
uva, por exemplo, dizíamos: “In nome de Dio”. O que faço ainda hoje.
Irmã Regina Maria caracterizava-se pela
sua transparência, amor à verdade, fidelidade aos compromissos assumidos,
perseverança e responsabilidade, mesmo que isso lhe custasse sacrifício. Como
Religiosa, por nada deixava de fazer sua oração que consistia, sobretudo, na
escuta da Palavra de Deus e na celebração da Eucaristia. Cultivava devoção
especial a Maria e a São José.
Com seu jeito simples e humilde,
facilmente cativava as pessoas e eram constantes as demonstrações de carinho de
quem com ela convivia.
Tinha o cuidado pela conservação e
limpeza da casa, dos móveis e zelava para que tudo estivesse bem organizado.
Compreendia que não havia trabalho mais ou menos importante. O que, para ela,
fazia a diferença era a expressão do Carisma no seu ser e no fazer.
Guardava muita afeição aos familiares.
Expressava a falta que sentia dos irmãos. Seguidamente,
dizia ela, canto no meu íntimo, com
saudades e lágrimas nos olhos a primeira estrofe do poema de Casimiro de Abreu:
“Ó que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida
que os anos não trazem mais”!
Irmã Regina zelava pela construção
fraterna da vida comunitária no dia a dia. Discreta, simples, delicada, sabia
ouvir e calar. Ajudava e encorajava as Irmãs nos seus sofrimentos e
dificuldades. Era pessoa de perdão incondicional.
No dia 25 de novembro de 2007, celebrou
70 anos de Vida Consagrada como Irmã de São José. Preparou-se com esmero para
essa data, expressando sua gratidão a Deus que a chamou a servi-lo como
religiosa, aos familiares e à Congregação que a acolheu e acompanhou com
carinho.
Irmã Regina demonstrou ser pessoa
realizada na sua profissão e na sua vocação. Dizia: Na vida Religiosa encontrei mais rosas que espinhos. Se hoje tivesse
que escolher minha vocação, escolheria essa mesma, sem hesitar.
Durante seu curto período da doença,
contou com a presença do Padre Siro Chaves da Silva que veio de Viamão para
confortá-la nos seus últimos dias no hospital de Garibaldi. Esteve lúcida e
acolhida a cada Irmã que a visitava.
Faleceu no dia 13 de janeiro, dia em que
a Igreja refletia a importância de viver e assumir o compromisso do Batismo,
sacramento que Irmã Regina recebeu no dia 05 de fevereiro de 1921, na Igreja
São Pedro de Garibaldi.
Querida Irmã Regina Maria, neste momento
de despedida, queremos agradecer o testemunho de vida, o espírito missionário e
teu jeito simples e verdadeiro de ser e de te relacionar com a natureza, com as
pessoas e com Deus. Pedimos que agora junto de Deus possas interceder pelas
Irmãs e funcionários desta casa, por nós, irmãs de São José, pelas vocações
engajadas no trabalho do Reino de Deus, pelos teus familiares e pessoas amigas.
Nós todos que estamos presentes nesta
celebração, pedimos que Deus te acolha na sua luz e na eterna felicidade. Amém.
Garibaldi, 14 de janeiro de 2008.
2 comentários:
Minhas tetra-avós são Teresa Zanatta (casada com Giovanni Facchin) e sua irmã Anna Zanatta (casada com Gregório Borghetto). Assim minhas tetra-avós eram irmãs. Meus trisavós eram: Carlo Borghetto (nascido em 1841 e filho de Teresa Zanatta) Ele se casou com sua prima de primeiro grau: Luiggia Facchin (nascida em 1846, e era filha de Anna Zanatta). Minha bisavó nascida em 1876 era, portanto, fruto de um casamento por endogamia que gerou mais 5 filhos além dela. Minha bisavó era Giuseppina Borghetto que casou com Jonas Leite de Mello em fevereiro de 1892. Meus tetra-avós não vieram para o Brasil, só meus trisavós Carlos & Luiggia, que vieram acompanhados dos seus seis filhos, dentre eles a minha bisavó Giuseppina. Eles chegaram pelo porto de Santos em 18 de abril de 1888. Tenho alguns documentos como a certidão de casamento no Brasil de minha bisavó Giuseppina Borghetto, que era de nacionalidade italiana, e a certidão de batizado de sua filha, minha avó Dulcelina de nacionalidade brasileira, que foi a primeira geração de brasileiros na família de italianos imigrantes: Os Borghetto / Fachin, meus ancestrais que vieram de Treviso, região do Vêneto, Itália. Eles residiram entre Ribeirão Preto e a cidade de Santa do Passa Quatro, SP, onde meu bisavô foi alferes da Guarda Nacional e sua família tinha fazenda de café e era constituída por empreendedores que construíram o ramal férreo de Santa Rita, eram médicos, foram políticos e plantavam café. Tenho também uma caderneta do meu bisavô de nacionalidade brasileira: Jonas Leite de Mello onde ele narra nomes de familiares, acontecimentos da família (nascimentos, óbitos e casamentos) viagens que realizou, com as respectivas datas e companhias e lugares por onde passou e trabalhou, deixou de escrever somente na data de sua morte no primeiro semestre de 1912. Minha avó (filha de Jonas) continuou a efetuar os registros nessa caderneta herdada do pai, e seu filho (meu pai) manteve a tradição após a morte da mãe em 1963 pelo fato dele também ter herdado a caderneta. Meu nome é Gilmar José Santana de Barros, resido em Nova Iguaçu, RJ - e-mail para contato ultrabull@carving.com.br
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