Origem da Palavra
Zanatah (Zanatta)
Zanatah: ( Dialetalmente:
Zenàtah). Nome de forma árabe de um dos maiores grupos bérberes, vinculados,
pelos genealogistas, com o ramo étnico dos Darisah, e que na história da
Barberia medieval teve notável participação. A região habitada pelo Zanatah
era, da Tripolitânia ao Marrocos, aquela que compreendia os planaltos de
estepes e as margens do deserto, onde em grande maioria viviam vida nômade,
constituindo assim aquele tipo turbulento e rebelde, hostil à vida civil e à
ordem, cujo contraste com a região civilizada explica grande parte da história
norte-africana.
Foi por isso admitida, por alguns
estudiosos, a opinião de os Gétuli da antigüidade, os Zanatah medievais e os
grandes nômades árabes dos tempos modernos, sejam as mesmas gentes que
constituíram os centros de resistência ao avanço dos vários povos
colonizadores.
Os árabes de algumas regiões tunisianas, dos
planaltos tunisinos, digo: planaltos algerinos e das planícies maroquinas
seriam Zanatah completamente arabizados na língua.
Enquanto o antagonismo entre os tipos de ambientes
físico-sociais é um fato certo, deve-se observar que as famílias Zanatah, que
penetraram em regiões desenvolvidas, fundaram durante a Idade Média vários
principados, entre os quais aquele dos
Äbd al-Waditas de Telimsan e aquele dos Merinidas no Marrocos e tiveram
também alguma importância no ordinamento político e para o desenvolvimento
cultural. Isto demonstra que o ambiente físico plasma essencialmente a vida
destas gentes.
Para as línguas faladas pelos Zanatah ainda berberófonos
Cfr: Bérberes.
Obs:
Gétuli; Antiga população da África setentrional. ( Mauritânia e Numídia).
(Enciclopédia Garzanti, edição 63).
Pesquisa
feita em Treviso, em Istrana ( 15 Km) na Vila Lattes. Pelo senhor Zanatah
Hilário. Origem da informação: Enciclopédia Trecani. Museu Baillo e Biblioteca
comunal (prefeitura) de Treviso.
Treviso, aos
07-08-1971
Tradução
Frei Antônio Guizzardi e Frei Paulo Fioravante Zanatta.
BERBERE
(bé) S. 2 g. 1. Individuo dos berberes,
raça que engloba povos muçulmanos da Africa setentrional. S. m. 2. Língua cananítica, aparentada com antigo
libico, hoje dialetalmente muito fragmentada e com muitos traços de influência
árabe, falada sobretudo no Saara meridional. Adj. 2 g. 3 Pertencente ou relativo aos berberes. ( Dicionário Aurélio. 2º Edição, ampliada
Nova Fronteira. RJ.)
O Berbere é
falado em dialeto muito numeroso em todas as ramificações do Atlas, e na série
de oásis que sucedem por detrás desta cordilheira de montanhas até o
Congo. Outras línguagem do tronco
arameano atestam a dominação das nações semíticas.(Hist Univ. de Césare Cantu
Vol X).
BERBERIS.
Etnogr. Tribu de la Arabia que habita em las montanãs de Bamian, em el Khorasan
Oriental. Suponen algunos que pertenece à la familia de los Hedsaré, aunque
estos consideram , de raza inferior à los berberis. ( Enciclopedia Universal
Ilustrada EUROPEO AMERICANA).
BERBER, cid. Da alta Núbia na margem direita do Nilo 20.000 h
BERBERE ou Berber, s, m. língua dos berberes. Adj. Relativo aos
berberes.
BERBERE, REÇA DA África sentritional, que compreende os Kabylas, os
Tuaregues, várias tribos de Marrocos.
KABÝLIA ou Cubila parte da Argélia, habitada pelos Kabylas no
departamento de Argel e de Constantinopla. Divide-se em Kabýlas grande e
Kabýlas pequenos ou Djurdzura contorna, como se fosse uma alta muralha, a
grande Kabýlia, região agrícola, fértil e bem irrigada.
Os principais cursos de água
são: o Isser, o Sahel e o Sabaú, muito laboriosos, são raça berbere. A sua
língua embora escrita em caracteres Árabes, continuou berbere. Kabýlia foi
conquistada em 1857 pelo marechal francês Randon. Os Kabýlas sublevaram-se
várias vezes contra a dominação francesa e foram submetidos definitivamente
pela expedição de 1871.
...Quando
os azenegues conquistaram Audagoste, a aparência da cidade – “encantadora”,
segundo Ibne Hawkal – era a de um vergel. Onde os nômades, muito provavelmente
, se guardaram de viver. Acamparavam à sua borda, em tendas ou em precários
abrigosde caniço e de ramos. Mas tinham sob controle o acesso à urbe e lhe
taxavam o comércio, cuja prática deixavam nas mãos dos zanattas. Do livro (A ENXADA E A LANÇA ) A África antes dos Portugueses de Alberto da
Costa e Silva. Editora Nova Fronteira. Edusp.
ZENATAS. Conjunto de populações de origem berbere que habita o sul
da Argélia. Bilbliografia: Grande enciclopédia Larousse Cultural, nova cultura
ltda. 1989 nº 24 pag 6053.
TUAREGUE, povo nômade, de raça berbere, que habita o Saara, entre
os mouros, a oeste, e os Tibus a este. ( TUAREGUE é o plural de Targui). Os
Tuargues dividem-se num certo número de confederações, as principais das quais
são os Azgher, os Ahaggar e os Auellimiden. São salteadores, cujos ataques
tornam pouco segura a travessia do Saara.
GETÚLIA, antiga região da
África ao sul do atlas, entre, a Numídia e a Mauritânia, hoje Biled-ul-Djerid (
região das tâmaras), parte sul de Marrocos.
GÉTULOS, povo berbere da África
antiga, habitantes da Getúlia e de que descendem , segundo se crê, os atuais
Kabylas.
LELLO UNIVERSAL EM 4 VOLUMES,
Editores proprietários da Livraria Chardron; rua dascarmelitas, 144. Porto.
BERBERE (BÉ) adj. m.e.f. (ár barb Etnol. Relativo aos berberes. S.
m. e f. Indivíduo dos berberes. 1. Ramo da família lingüistica afro-asiática,
que compreende línguas faladas por minorias do Norte da África e do Saara.
2. Qualquer uma dessas línguas
ou conjuntos delas, considerado uma só língua com numerosos dialetos. S. m.
pl. Povo caucasóide do Norte da África,
ao oeste de Tripoli, estreitamente relacionado aos europeus meridionais,
egípcios e etíopes.
DICIONÁRIO BRASILEIRO DA LINGUA PORTUGUESA, Companhia melhoramentos
de São Paulo 14º. Vol 1º. Edição,
1995.
Berbere. Conjunto de etnias de
línguas berbere que habitam a África do Norte. O problema da origem dos
berberes, que ás vezes são consideradas como população original da áfrica do
\norte, ainda não está resolvido. Divididos em numerosas tribos rivais,
mas capazes de se unirem momentaneamente
contra os estrangeiros, os berberes (nasamons e psilos da Líbia, garamantes do
Saara, númidos, getulos e mouros do Maghreb) não constituíram estados
centralizados e duradouros. Os poderosos reinos númidas de Masinissa e de
Jugurta e o reino mautirânio de Juba II foram exceções. Os berberes sofreram a
influência civilizada de Cartago e, em menor medida, de Roma. Os berberes
opuseram aos árabes uma resistência feroz (feitos da lendária Kahina ou maciço
de Aurès), que retardou a conquista. A Islamização fez grandes progressos no
início do séc. VIII, e os berberes formaram o grosso das tropas que
conquistaram a Espanha. No Maghreb, opusera-se ao poder central árabe, adotando
doutrinas religiosas cismáticas: kharidjismo (século VIII-IX), xiismo fatímida
( séc X). Duas dinastias berberes chegaram a unir a áfrica do norte sob sua
autoridade: os almorávidas (nômades do grupo dos sanhadjas) e os amôadas
(sedentários do grupo dos masmudas). No séc, XIII, o Maghreb foi dividido entre
os reinos háfsida, abdaluádida e marínida, cujas soberanos, de origem berbere,
adotaram a civilização arábico –andaluza. As tribos berberes escaparam ao
controle destes últimos. Formaram as ilhas berberófonas da Argélia e do
Marrocos contemporâneos. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. Pág 737
Zenatas: conjunto de populações de origem berbere que habita no sul
da Argélia. . Grande Enciclopédia Larousse Cultural. Editora Plural Editora e
Gráfica. 1999
O Berbere é a mais antiga língua conhecida no território da África
do Norte, mas suas histórias permanece misteriosa devido à falta de documentos
escritos. Foi relacionada ao líbio (do qual se tem mais de mil inscrições ainda
mal decifradas) e ao guanche das Canárias (extinto desde o séc. XVII), para se
fazer um ramo no seio da família camito-semítica. O berbere é falado por mais
de 10 milhões de locutores de uma área geográfica muito vasta, que vai do oeste
do deserto egípcio (oásis de Siwah) ao oceano Atlântico. Porém, subsiste apenas
em ilhotas mais importantes, ou essencialmente nos desertos e zonas montanhosas
menos atingidas pela arabização. Não se trata de uma língua homogênea, mas de
um grupo dialetais. Em geral, os beberófonos são bilíngües: o árabe e/ ou o
francês, que servem como língua de relação e cultura; as mulheres, entretanto
permanecem monolíngües. Os grupos mais importantes vivem no Marrocos (aprox.
40% da população): Alto Atlas, Anti-Atlas, e (Sous) [ chleuh] , Médio Atlas e
Rif (tamazit) e na Argélia ( aprox. 20% da pop.) Além da diversidade dialetal,
o berbere apresenta uma profunda identidade estrutural: a morfologia e a
sintaxe são praticamente idênticas, embora o sistema fônico fundamental tenha
sofrido evoluções divergentes (empréstimos do árabe de faringais e laringais)
que acabam por mascarar a uniformidade original do léxico. O léxico
propriamente berbere é essencial concreto, muito preciso para atividades
práticas (criação de animais ou irrigação, por exemplo), mas recorre ao árabe
para palavras concernentes à região, à administração ou à
cultura. O berbere nunca foi uma língua oficial; disperso em dialetos,
contaminado pelo árabe, ele mascara um recuo.
Origem da Palavra
Zanatah (Zanatta)
Zanatah: ( Dialetalmente: Zenàtah).
Nome de forma árabe de um dos maiores grupos bérberes, vinculados, pelos
genealogistas, com o ramo étnico dos Darisah, e que na história da Barberia
medieval teve notável participação. A região habitada pelo Zanatah era, da
Tripolitânia ao Marrocos, aquela que compreendia os planaltos de estepes e as
margens do deserto, onde em grande maioria viviam vida nômade, constituindo
assim aquele tipo turbulento e rebelde, hostil à vida civil e à ordem, cujo
contraste com a região civilizada explica grande parte da história
norte-africana.
Foi por isso admitida, por alguns
estudiosos, a opinião de os Gétuli da antigüidade, os Zanatah medievais e os
grandes nômades árabes dos tempos modernos, sejam as mesmas gentes que
constituíram os centros de resistência ao avanço dos vários povos
colonizadores.
Os árabes de algumas regiões tunisianas, dos planaltos
tunisinos, digo: planaltos algerinos e das planícies maroquinas seriam Zanatah
completamente arabizados na língua.
Enquanto o antagonismo entre os tipos de ambientes
físico-sociais é um fato certo, deve-se observar que as famílias Zanatah, que
penetraram em regiões desenvolvidas, fundaram durante a Idade Média vários
principados, entre os quais aquele dos
Äbd al-Waditas de Telimsan e aquele dos Merinidas no Marrocos e tiveram
também alguma importância no ordinamento político e para o desenvolvimento
cultural. Isto demonstra que o ambiente físico plasma essencialmente a vida
destas gentes.
Para as línguas faladas
pelos Zanatah ainda berberófonos Cfr: Bérberes.
Obs: Gétuli; Antiga
população da África setentrional. ( Mauritânia e Numídia). (Enciclopédia Garzanti, edição 63).
Pesquisa
feita em Treviso, em Istrana ( 15 Km) na Vila Lattes. Pelo senhor Zanatah
Hilário. Origem da informação: Enciclopédia Trecani. Museu Baillo e Biblioteca
comunal (prefeitura) de Treviso.
Treviso,
aos 07-08-1971
Tradução Frei Antônio Guizzardi e Frei Paulo Fioravante
Zanatta.
A leitura de sua pesquisa sobre a origem do seu patronímico
me despertou a conveniência de um estimular a completá-la de um estudo sobre a
pirataria no mediterrâneo.
Desde os mais remotos tempos (fenícios, gregos) exerciam
essa atividade no “mar eclausus” mar mediterrâneo. Essa atividade se estendeu
até 1830. Por muito tempo a atividade
foi exercida predominantemente por
habitantes do magreve (Norte da África), de cultura Islâmica. O seqüestro era
atividade lucrativa e foi exercida durante séculos contra os navegadores
cristãos. Eram vítimas principais os
habitantes do Sul da Europa.
Além dos presos de que eram vítimas os navegadores os piratas praticavam
incursões no litoral meridionais da Europa, as redes urbanas localizadas em
lugares de mais fácil defesa ( elevações), muradas nos contam a história do terror dos
habitantes que o aviso dos sinos das Igrejas se encerravam atrás de suas
defesas para resistir a cupidez dos agressores.
Não é
de estranhar pois que o apelido Zanatah tenha penetrado na península Itálica ou
na Sicília durante estas razias maometanas.
Os contatos de populações nem sempre
se realizavam num ambiente de paz. Também em clima bélico podem ser responsável
no seu clima de violência pelo surgimento de mestiço e pelo rapto de mulheres.
Talvez o nome Zanatah tenha se implantado na península Italiana em conseqüência
desse doloroso procedimento que se estendeu como disse através dos
séculos. Prof.
Eduardo Contreras
BERBERE
(bé) S. 2 g. 1. Indivíduo dos berberes,
raça que engloba povos muçulmanos da Africa setentrional. S. m. 2. Língua cananítica, aparentada com antigo
libico, hoje dialetalmente muito fragmentada e com muitos traços de influência
árabe, falada sobretudo no Saara meridional. Adj. 2 g. 3 Pertencente ou relativo aos berberes. ( Dicionário Aurélio. 2º Edição, ampliada
Nova Fronteira. RJ.)
O Berbere é falado em dialeto muito numeroso em todas as
ramificações do Atlas, e na série de oásis que sucedem por detrás desta
cordilheira de montanhas até o Congo.
Outras línguagem do tronco arameano atestam a dominação das nações
semíticas.(Hist Univ. de Césare Cantu Vol
X).
BERBERIS. Etnogr. Tribu de la Arabia que habita em las montanãs de
Bamian, em el Khorasan Oriental. Suponen algunos que pertenece à la familia de
los Hedsaré, aunque estos consideram , de raza inferior à los berberis. (
Enciclopedia Universal Ilustrada EUROPEO AMERICANA).
BERBER, cid. Da alta Núbia na margem direita do Nilo 20.000 h
BERBERE ou Berber, s, m. língua dos berberes. Adj. Relativo aos
berberes.
BERBERE, RAÇA DA África sentritional, que compreende os Kabylas, os
Tuaregues, várias tribos de Marrocos.
Berbere. Conjunto de etnias de línguas berbere que habitam a África
do Norte. O problema da origem dos berberes, que ás vezes são consideradas como
população original da África do Norte, ainda não está resolvido. Divididos em
numerosas tribos rivais, mas capazes de
se unirem momentaneamente contra os estrangeiros, os berberes (nasamons e
psilos da Líbia, garamantes do Saara, númidas, getulos e mouros do Maghreb) não
constituíram Estados centralizados e duradouros. Os poderosos reinos númidas de
Masinissa e de Jugurta e o reino mautirânio de Juba II foram exceções. Os
berberes sofreram a influência civilizadora de Cartago e, em menor medida, de
Roma. Os berberes opuseram aos árabes uma resistência feroz (feitos da lendária
Kahina ou maciço de Aurès), que retardou a conquista. A Islamização fez grandes
progressos no início do séc. VIII, e os berberes formaram o grosso das tropas
que conquistaram a Espanha. No Maghreb, opuseram-se ao poder central árabe,
adotando doutrinas religiosas cismáticas: kharidjismo (século VIII-IX), xiismo
fatímida ( séc X). Duas dinastias berberes chegaram a unir a África do Norte
sob sua autoridade: os almorávidas (nômades do grupo dos sanhadjas) e os
almôadas (sedentários do grupo dos masmudas). No séc, XIII, o Maghreb foi dividido
entre os reinos háfsida, abdaluádida e marínida, cujas soberanos, de origem
berbere, adotaram a civilização arábico –andaluza. As tribos berberes das
montanhas escaparam ao controle destes últimos. Formaram as ilhas berberófonas
da Argélia e do Marrocos contemporâneos. Grande Enciclopédia Larousse Cultural.
Pág 737.
ZENATAS. Conjunto de populações de origem berbere que habita o sul
da Argélia. Bilbliografia: Grande enciclopédia Larousse Cultural, nova cultura
ltda. 1989 nº 24 pag 6053.
Berbere: Conjunto de línguas pertencentes à família
camito-semítica, faladas pelos berberes. Grande enciclopédia Larousse Cultural,
nova cultura ltda. 1989 nº 24 pag 737.
...Quando
os azenegues conquistaram Audagoste, a aparência da cidade – “encantadora”,
segundo Ibne Hawkal – era a de um vergel. Onde os nômades, muito provavelmente
, se guardaram de viver. Acamparavam à sua borda, em tendas ou em precários
abrigosde caniço e de ramos. Mas tinham sob controle o acesso à urbe e lhe
taxavam o comércio, cuja prática deixavam nas mãos dos zanattas. Do livro (A ENXADA E A LANÇA ) A África antes dos Portugueses de Alberto da
Costa e Silva. Editora Nova Fronteira. Edusp.
BERBERE (BÉ) adj. m.e.f. (ár barb Etnol. Relativo aos berberes. S.
m. e f. Indivíduo dos berberes. 1. Ramo da família lingüistica afro-asiática,
que compreende línguas faladas por minorias do Norte da África e do Saara.
2.
Qualquer uma dessas línguas ou conjuntos delas, considerado uma só língua com
numerosos dialetos. S. m. pl. Povo
caucasóide do Norte da África, ao oeste de Tripoli, estreitamente relacionado
aos europeus meridionais, egípcios e etíopes.
...Representantes
mais puros da raça loura do Norte que várias vezes invadiu o território hoje
português. À sua influência sobre a população portuguesa, Fonseca Cardoso
atribui a facies mestiça que a cada passo se nota entre os portugueses.
A
esses elementos juntaram-se os semito-fenícios, de que o antropólogo português
foi achar representada mais puros na população piscatória do litoral
interamnense; e entre invasores mais recentes, os judeus, berberes, mouros, alemães, negros, flamengos, ingleses.
Se as
invasôes do Sul só fizeram acentuar, como pretende Haddon,( A.C.HADDON, The
Races of Their Distribubution, Cambridge, 1929)
os caracteres fundamentais da população indígena, as do Norte trouxeram
para a antropologia portuguesa elementos
novos e até antagônicos. Pág 248
Casa-grande &senzala. Gilberto Freire 46º edição Editora Record, Rio de Janeiro –
São Paulo 2002
DICIONÁRIO
BRASILEIRO DA LINGUA PORTUGUESA, Companhia melhoramentos
de São Paulo 14º. Vol 1º. Edição,
1995.
O Berbere é a mais antiga língua
conhecida no território da África do Norte, mas suas histórias permanece
misteriosa devido à falta de documentos escritos. Foi relacionada ao líbio (do
qual se tem mais de mil inscrições ainda mal decifradas) e ao guanche das
Canárias (extinto desde o séc. XVII), para se fazer um ramo no seio da família
camito-semítica. O berbere é falado por mais de 10 milhões de locutores de uma
área geográfica muito vasta, que vai do oeste do deserto egípcio (oásis de
Siwah) ao oceano Atlântico. Porém, subsiste apenas em ilhotas mais importantes,
ou essencialmente nos desertos e zonas montanhosas menos atingidas pela
arabização. Não se trata de uma língua homogênea, mas de um grupo dialetais. Em
geral, os beberófonos são bilíngües: o árabe e/ ou o francês, que servem como
língua de relação e cultura; as mulheres, entretanto permanecem monolíngües.
Além da diversidade dialetal, o berbere apresenta uma profunda identidade
estrutural: a morfologia e a sintaxe são praticamente idênticas, embora o
sistema fônico fundamental tenha sofrido evoluções divergentes (empréstimos do
árabe de faringais e laringais) que acabam por mascarar a uniformidade original
do léxico. O léxico propriamente berbere é essencial concreto, muito preciso
para atividades práticas (criação de animais ou irrigação, por exemplo), mas
recorre ao árabe para palavras concernentes à região, à administração ou à
cultura. O berbere nunca foi uma língua oficial; disperso em dialetos,
contaminado pelo árabe, ele mascara um recuo.